Boom começa este domingo em edição dedicada à "geometria sagrada"
Festival bienal regressa a Idanha-a-Nova focado em meditar e em dançar trance e rock psicadélico, de Eat Static aos Black Bombaim e Dead Combo.
A edição que marca os 20 anos do Boom Festival inicia-se hoje em Idanha-a-Nova e é dedicada ao tema da "geometria sagrada", com concertos, exposições, oficinas, entre outras actividades viradas para a reflexão sobre o mundo e o indivíduo.
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A edição que marca os 20 anos do Boom Festival inicia-se hoje em Idanha-a-Nova e é dedicada ao tema da "geometria sagrada", com concertos, exposições, oficinas, entre outras actividades viradas para a reflexão sobre o mundo e o indivíduo.
"Desde a anterior edição do Boom, em 2016, o mundo continuou a mudar a um ritmo incrível. Na esfera social, divisões entre as pessoas parecem crescer; no sentido tecnológico e ambiental há uma irónica desconexão entre nós, apesar de uma maior necessidade de encontrar o equilíbrio interior. Entretanto, há preocupações crescentes de comunicação violenta nas nossas interacções", escreve a organização do evento que se realiza a cada dois anos.
Assim, "meditar sobre a geometria sagrada é uma forma de encontrar as respostas que se procuram e é por isso que é o tema da edição de 2018".
Com múltiplas actividades para crianças também incluídas na programação do festival, o Boom vai contar com o "museu de arte visionária" e reunir, no Dance Temple, dezenas de nomes do trance psicadélico como Eat Static, Man With No Name, Parasense e Tristan (num set especial para assinalar as duas décadas do evento).
O programa de concertos no espaço Sacred Fire inclui bandas como Black Bombaim, Dead Combo, Fogo Fogo e O Gajo, para além de artistas internacionais que vão desde Cosmic Dead até Les Filles de Illighadad.
Dezenas de outros artistas nacionais e internacionais vão passar pelos vários espaços do festival até dia 29, havendo também painéis sobre activismo social, económico, ecológico, político, espiritual, tecnológico e artístico, sobre temas que vão da redução do uso do plástico à inclusão, passando pela diminuição dos riscos no consumo de substâncias psicotrópicas.
Na definição do site em português, "o Boom é um evento que nasceu em 1997 na Herdade do Zambujal, Águas de Moura, na região de Setúbal" e que "de uma festa de goa trance psicadélico expandiu-se para uma celebração da vida, da arte e cultura, olhando para a sustentabilidade como uma forma ética e activa de estar na terra".
Este ano, o Boom Festival reforçou o plano de segurança contra incêndios, que inclui faixas de descontinuidade de combustíveis e o reforço de medidas de prevenção.
"Não se trata de eliminar os riscos, mas de mitigá-los. Os riscos vão sempre estar presentes. No Boom, estamos concentrados em criar uma descontinuidade dos materiais combustíveis para que, no caso de haver algum incêndio, este não se propague", explica, em comunicado, o coordenador do plano de prevenção de incêndios do Boom Festival 2018.
A criação de faixas de descontinuidade de combustíveis, a existência de 750 extintores, 14 'Elide Fire Balls' para a rápida extinção do fogo em áreas confinadas, 16 bocas armadas de incêndio e pontos de acesso à água canalizada, uma equipa de sapadores internos, com duas viaturas todo-o-terreno e uma retroescavadora vão estar presentes na "Boomland".
Distinguido em 2008, 2010, 2012, 2014 e 2016 com o Outstanding Greener Festival Award, o prémio mundial mais importante de eventos sustentáveis atribuído por A Greener Festival, o Boom Festival é, desde 2010, a convite da United Nations Environment Programme (UNEP) organismo pertencente à ONU, membro da iniciativa United Nations Music & Environment Stakeholder.