PCP quer salário mínimo em 650 euros
Salário mínimo e pensões são dois ponto da agenda negocial do PCP para o Orçamento do Estado.
Para 2019, o PCP vai defender que o salário mínimo nacional aumente de 600 para 650 euros mensais. João Oliveira garante ainda que o seu partido pugnará por um maior aumento das pensões mais baixas.
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Para 2019, o PCP vai defender que o salário mínimo nacional aumente de 600 para 650 euros mensais. João Oliveira garante ainda que o seu partido pugnará por um maior aumento das pensões mais baixas.
A CIP e o Governo já admitiram que o salário mínimo ultrapasse os 600 euros. Qual o valor que o PCP pensa que ele deve ir?
O PCP defendia que os 600 euros já deviam ser uma realidade em 2018. Era a nossa proposta. Ficamos sozinhos porque o PS e o Bloco acordaram em valores mais baixos do que isso [580 euros]. A perspectiva que nós consideramos é que no Orçamento de 2019 o salário mínimo devia ser fixado em 650 euros.
Outra medida que referiu e que saiu do Comité Central é que o PCP vai lutar por aumento extraordinário de pensões e reformas. Em quanto?
É uma matéria que está ainda em discussão. Deixe-me fazer um enquadramento que é importante. Quando em 2014 propusemos um aumento de 25 euros nas reformas, disseram-nos que era irrealizável, que a Segurança Social ia à falência, que isso era uma proposta incomportável. Com a insistência e as propostas que o PCP conseguiu fazer aprovar em dois Orçamentos consecutivos, 2016 e 2017, mais a actualização extraordinária das pensões, a esmagadora maioria dos pensionistas vai chegar ao final deste ano com um aumento acumulado de quase 23 euros. Isto é muito próximo daquilo que o PCP propunha e a Segurança Social não foi à falência. Isto confirma que nós estávamos certos nessa batalha que travámos. Entendemos que a valorização das pensões e reformas deve ser um caminho a prosseguir.
Que aumentos querem?
É uma discussão que ainda está em aberto. Há um aumento que vai decorrer da lei, esse é garantido.
Tem a ver com o crescimento do PIB.
Também sabemos que em relação às pensões mais baixas essas regras da lei não permitem aumentos tão significativos quanto eles deviam ser. Vamos naturalmente insistir para que, particularmente em relação às pensões mais baixas, possa haver um reforço do aumento como de resto tem havido e que é uma batalha importante que o PCP travou com resultados muito evidentes para milhões de pensionistas.