Macron despede segurança que agrediu manifestante no 1.º de Maio
Foram suspensos três membros da polícia de Paris que passaram a Benalla partes do vídeo que o mostra a agredir manifestantes.
O segurança do Presidente francês que foi filmado a pontapear manifestantes no dia 1º de Maio foi despedido e está em prisão preventiva. Segundo o gabinete presidencial, a decisão foi tomada porque "surgiram dados novos" sobre o caso que gerou polémica pois num primeiro momento Alexandre Benalla foi apenas suspenso sem vencimento durante 15 dias.
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O segurança do Presidente francês que foi filmado a pontapear manifestantes no dia 1º de Maio foi despedido e está em prisão preventiva. Segundo o gabinete presidencial, a decisão foi tomada porque "surgiram dados novos" sobre o caso que gerou polémica pois num primeiro momento Alexandre Benalla foi apenas suspenso sem vencimento durante 15 dias.
O vídeo em que se vê Benella a pontapear os participantes nas manifestações do Dia do Trabalhador em Paris foi divulgado pelo jornal Le Monde. O segurança de Macron usa um capacete da polícia; quando percebe que está a ser filmado, afasta-se.
Três membros da polícia parisiense foram também suspensos por terem removido partes do vídeo de vigilância da Praça da Contrescarpe, em Paris, onde aconteceram as agressões para os entregar a Benalla, avança o Le Monde. Este serão os "dados novos" mencionados pelo Eliseu.
Um comunicado do Ministério do Interior frisa que essas imagens "foram indevidamente passadas a terceiros, na noite de quarta-feira 18 de Julho, por funcionários da polícia". Foi nesse dia que o Monde divulgou o vídeo da agressão de Benalla.
Macron estava a ser duramente atacado por todo o espectro político por se ter limitado a suspender Benella (o que aconteceu logo a seguir aos acontecimentos) e sobretudo por saber o que se tinha passado e não ter participado o crime às autoridades. Esse silêncio pode constituir crime, violando o artigo 40 do Código Penal francês.
Comissão de inquérito parlamentar
O Parlamento francês decidiu na quinta-feira à noite, após um acalorado debate, dar à Comissão das Leis as prerrogativas de uma comissão de inquérito para investigar o caso de Alexandre Benalla, durante um mês.
Benalla, que trabalhou como segurança para o Partido Socialista francês, acompanhava Macron desde a campanha eleitoral. Há inúmeras fotos que o mostram junto a Emmanuel Macron. Foi com relutância que o Presidente o deixou cair, apesar das acusações graves.
Apesar do sucedido no 1.º de Maio, Benalla esteve ao lado do Presidente francês na cerimónia da entrada no Panteão de Simone Veil, a 1 de Julho, e no desfile do 14 de Julho (feriado nacional em França), notam os media franceses - apesar de o Eliseu ter dito que tinha sido posto a fazer tarefas administrativas.