O Liverpool fez de Alisson Becker o guarda-redes mais caro de sempre

Reds” pagam pelo brasileiro 75 milhões de euros pelo dono da baliza da selecção brasileira, em mais um mercado de forte investimento.

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Alisson durante um treino com a selecção do Brasil Sergio Perez/Reuters

Depois de terem feito do holandês Virgil van Dijk o defesa mais caro de sempre, o Liverpool também já tem o guarda-redes mais caro de sempre. Alisson Becker, dono da baliza da selecção brasileira, vai mudar-se para os “reds”, que pagaram à Roma 75 milhões de euros, uma verba que ultrapassa largamente os 53 milhões que a Juventus pagou ao Parma por Gianluigi Buffon em 2001. A contratação de Alisson resolve um grande problema a Jurgen Klopp, que não tem tido muita segurança na baliza, nem com o belga Simon Mignolet, nem com o alemão Loris Karius, como, aliás, se viu na última final da Liga dos Campeões.

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Depois de terem feito do holandês Virgil van Dijk o defesa mais caro de sempre, o Liverpool também já tem o guarda-redes mais caro de sempre. Alisson Becker, dono da baliza da selecção brasileira, vai mudar-se para os “reds”, que pagaram à Roma 75 milhões de euros, uma verba que ultrapassa largamente os 53 milhões que a Juventus pagou ao Parma por Gianluigi Buffon em 2001. A contratação de Alisson resolve um grande problema a Jurgen Klopp, que não tem tido muita segurança na baliza, nem com o belga Simon Mignolet, nem com o alemão Loris Karius, como, aliás, se viu na última final da Liga dos Campeões.

A contratação milionária de Alisson, a segunda mais alta de sempre do clube, é mais um sinal de que os “reds” querem entrar já na luta pelo título na Premier League. Para além do guardião brasileiro, os “reds” já garantiram para esta época o médio guineense Naby Keita (ex-RB Leipzig) por 60 milhões, o polivalente brasileiro Fabinho (ex-Mónaco) por 45 milhões e o extremo suíço Xherdan Shaquiri (ex-Stoke City) por uns “míseros” 14,7 milhões, que se juntam a uma equipa já cheia de reforços milionários de outras temporadas, como Van Dijk, o defesa mais caro de sempre que foi o protagonista da maior transferência da história do clube – o Liverpool pagou por ele em Janeiro passado 78,8 milhões.

Segundo a imprensa britânica, Alisson também era um alvo do Chelsea, que está na iminência de perder Thibaut Courtois para o Real Madrid, mas o Liverpool acabou por antecipar-se aos londrinos, garantindo o titular da selecção brasileira no último Mundial e ainda numa idade (25 anos) em que poderá render uma década ao mais alto nível em Anfield. Alisson será o terceiro guarda-redes brasileiro da história do Liverpool, depois das experiências falhadas com Diego Cavalieri, contratado ao Palmeiras em 2008, e Doni, contratado a custo zero também à Roma em 2011. Com Alisson, o Liverpool passa, também, a contar com três internacionais brasileiros, depois de Fabinho e Roberto Firmino.

Este será o próximo grande desafio para este brasileiro de 25 anos natural de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul. Formado nas escolas do Internacional de Porto Alegre, Alisson Ramses Becker fez a sua aprendizagem como sénior ao lado de uma lenda das balizas brasileiras, Dida, e do seu irmão mais velho Muriel Becker, também guarda-redes (que joga em Portugal, no Belenenses, desde Janeiro passado). Ganhou a baliza do Internacional em 2014 e, dois anos depois, foi contratado pela Roma por 7,5 milhões, passando essa temporada na sombra do polaco Szcezesny, assumindo a titularidade da formação romana no ano seguinte. Um ano antes de se mudar para a Série A, Alisson já tinha sido chamado por Dunga para a selecção brasileira, mas só a partir de 2016 é que agarrou a titularidade – já leva 31 internacionalizações.

Pode dizer-se que o Liverpool não tem um guarda-redes à altura das suas ambições desde a saída do espanhol Pepe Reina, em 2013. Mignolet foi quem teve mais presença na baliza dos “reds”, mas tem sido demasiado irregular, e Karius, depois de duas épocas em Anfield, também se pode considerar um fracasso, muito visível na sua fraquíssima exibição na final da Champions frente ao Real Madrid.

Para Klopp, gastar estes milhões todos num guarda-redes é uma novidade. Desde os primeiros tempos do Mainz em 2001 até agora, o treinador alemão só tinha contratado cinco guarda-redes, dois deles já para o Liverpool (Alex Manninger e Karius), com um custo total de cinco milhões entre os cinco.

O Liverpool só está a seguir uma tendência entre os clubes de topo da Premier League em ter na baliza um jogador de classe mundial. O Manchester City, por exemplo, gastou na última época 40 milhões para ir buscar Ederson ao Benfica, enquanto o Manchester United também gastou bom dinheiro em 2011 para ficar com David de Gea, contratado por 25 milhões ao Atlético de Madrid. Até ver, o Chelsea vai continuar com Courtois, enquanto o Arsenal gastou 25 milhões pelo alemão Leno (ex-Leverkusen).

Mesmo as equipas médias também investiram em guarda-redes. No Verão passado, o Everton deu 28,5 milhões por Jordan Pickford, o titular da selecção inglesa, e até o Wolverhampton, recém-promovido à Premier League, contratou Rui Patrício, o titular da baliza portuguesa que rescindiu com o Sporting – a verba a pagar ainda não está definida e tudo dependerá se esta será uma contratação negociada ou litigiosa.