Câmara quer ter central fotovoltaica a funcionar em 2020
Em dois anos, o vereador do Ambiente quer afectar uma linha de eléctrico, 20 autocarros e 50 veículos, abastecidos a energia solar, para a recolhe de lixo na cidade.
A Câmara Municipal de Lisboa anunciou que pretende que a capital tenha uma central fotovoltaica a funcionar em 2020, no aterro do Vale do Forno, para abastecer veículos eléctricos e reduzir a energia fóssil na cidade.
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A Câmara Municipal de Lisboa anunciou que pretende que a capital tenha uma central fotovoltaica a funcionar em 2020, no aterro do Vale do Forno, para abastecer veículos eléctricos e reduzir a energia fóssil na cidade.
O vereador do Ambiente, José Sá Fernandes, disse na terça-feira estimar que até 2020 a capital tenha uma linha de eléctrico, 20 autocarros e 50 veículos afectos à recolha de resíduos a serem abastecidos através de energia solar.
Esta revelação foi feita durante a visita a uma exposição sobre as transformações ambientais que afectam o planeta, no Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia (MAAT).
O vereador do Ambiente — que escolheu o ambiente da exposição para falar sobre o trabalho a ser feito no âmbito de Lisboa Capital Europeia Verde 2020, programa ao abrigo do qual a autarquia recebeu 350 mil euros da Comissão Europeia — vincou que pretende "combater a energia fóssil" e ter mais "produção solar a abastecer autocarros e carros eléctricos" em Lisboa.
Neste momento, o município está "à espera do licenciamento da Direcção de Energia e Geologia, que deverá estar prestes a ser emitido".
A central do Vale do Forno deverá ter uma capacidade inicial de dois megawatt (MW).
A autarquia informou, também, que está "a trabalhar com a Carris para calcular os consumos expectáveis que dependem dos concursos futuros de aquisição de autocarros e outros pormenores que têm ainda de ser aferidos", acreditando Sá Fernandes que, "até 2030 toda a frota da Carris seja abastecida com produção local".
O vereador do Ambiente adiantou que pretende a "introdução de energia solar na rede contínua do Metropolitano de Lisboa", embora sem data definida para isso.
Outra das apostas do município lisboeta respeita ao aumento de espaços verdes na cidade. "Aumentámos 200 hectares de zonas verdes e mais 200 hectares estão aí à porta", vincou.
Com isto, a autarquia pretende assegurar mais biodiversidade, menos ruído, melhor qualidade do ar e, também, melhor urbanização, apontou.
Outra preocupação autárquica prende-se com a poupança de água, com a câmara a pretender "reutilizar mais".