Rio acredita que o PSD tem condições de ganhar europeias, legislativas e autárquicas
Líder do PSD mobiliza o partido para os próximos combates e avisa que é preciso muito trabalho para vencer as eleições. E não fecha a porta a uma vitória no Porto.
Rui Rio deu nesta segunda-feira o pontapé de saída para os próximos combates eleitorais que o PSD tem pela frente, passando uma mensagem de optimismo e a ideia de que o partido tem condições para arrancar um bom resultado nas europeias, ganhar as eleições legislativas também as autárquicas.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Rui Rio deu nesta segunda-feira o pontapé de saída para os próximos combates eleitorais que o PSD tem pela frente, passando uma mensagem de optimismo e a ideia de que o partido tem condições para arrancar um bom resultado nas europeias, ganhar as eleições legislativas também as autárquicas.
“Acho que nós temos condições para irmos para as europeias, com a ambição de ganhar, para irmos para as eleições legislativas de 2019 com a ambição de ganhar e de irmos para eleições autárquicas de 2021 com a ambição de ganhar em muitos concelhos que, entretanto, perdemos”, declarou o presidente do PSD”.
Falando para uma plateia de dirigentes, figuras do partido, autarcas, deputados e militantes, que se juntaram na sede do PSD- Porto onde decorreu a tomada de posse da nova distrital do partido, Rio empenhou-se em mobilizar os sociais-democratas para dos difíceis desafios.
Aparentemente indiferente à última sondagem que dá o PSD em ligeira queda e o PS a apenas três pontos percentuais da maioria absoluta, o ex-presidente da Câmara do Porto pediu o empenho do partido para vencer as várias eleições e avisou que elas só se ganham com “muito trabalho” e credibilizando o PSD. “Nós temos de começar desde já, desde já temos de nos preocupar com as europeias, com as legislativas, mas também com as autárquicas e, se nada fizermos até 2020-2021 em matéria autárquicas, quando chegarmos à data das eleições não temos hipóteses de certeza de ter um resultado condigno. E um resultado condigno em eleições autárquicas é absolutamente vital para a implantação de um partido, seja ele qual for”, avisou.
Consciente do peso que o poder local tem - e o PSD já foi o grande partido autárquico -, declarou: “A nossa implantação é tanto maior quanto maior for a nossa implantação autárquica. A nossa implantação nas câmaras e nas juntas de freguesia é mais relevante que o número de deputados que possamos ter na Assembleia da República”, porque “é nas câmaras e nas freguesias é que está o tecido, aí é que está o partido”.
Sempre num tom muito assertivo, o ex-autarca deixou muitos recados para o partido, para que não cometa erros como aconteceu em 2017 e advertiu que “não se perdem câmaras do dia para a noite e não se ganha tudo do dia para a noite. É um trabalho de fundo e é isto que se pede às concelhias e às distritais”. O recado estava dado.
Rio quer que a equipa de trabalho, liderada pelo secretário-geral do partido, José Silvano, e que resulta de uma decisão da Comissão Política Nacional, se articule com as distritais “para que haja uma monitorização dos concelhos”. E tratou de dar a táctica. “Vereadores, membros das assembleias municipais e das juntas de freguesia eleitos devem encontrar-se com regularidade e discutir o que tem acontecido nos seus concelhos”.
“Se nós fizermos isto, nós chegamos em condições de ganhar as eleições, concelho a concelho, nas próximas autárquicas de 2021; se não o fizermos, só um milagre é que nos pode dar a oportunidade de recuperamos muitas câmaras que está ao nosso alcance recuperar”, afirmou.
Para Rui Rio, a distrital do Porto, agora liderada por Alberto Machado, “está em condições de ganhar as próximas eleições autárquicas. Eu não estou a dizer isto de uma forma quase protocolar, porque fica bem nesta situação dizer isto. Acreditem que ao fim de 12 anos de autarca tenho uma noção exacta das coisas, particularmente onde eu fui autarca. E há condições para ganhar, agora é preciso trabalhar”.
À medida que ia falando ia deixando cair o caderno de encargos para todas as distritais e também para as concelhias, deixando um apelo colectivo para que se esforcem para atrair novos militantes para o PSD. Quanto à militância tradicional, disse que é preciso acompanhá-la no dia-a-dia”.