Misericórdia de Lisboa vai apoiar Raríssimas
Instituição que detém a Casa dos Marcos, que apoia cerca de 250 utentes com doenças raras, vive situação financeira "grave" desde o escândalo que levou à demissão da anterior direcção.
O compromisso da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) para salvar a Raríssimas, que vive numa situação financeira grave depois do escândalo provocado pelas alegadas irregularidades cometidas pela antiga presidente e fundadora da instituição, está assumido.
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O compromisso da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) para salvar a Raríssimas, que vive numa situação financeira grave depois do escândalo provocado pelas alegadas irregularidades cometidas pela antiga presidente e fundadora da instituição, está assumido.
Faltam os pormenores: quer a Santa Casa quer a associação confirmaram que “estão a decorrer conversações” no sentido de “estudar possíveis formas de cooperação entre as duas entidades”, mas recusam, por enquanto, adiantar qual será a tradução prática deste apoio.
A SCML confirmou ao PÚBLICO que será atribuído “um apoio financeiro imediato para as necessidades mais urgentes da Raríssimas”, sem concretizar o montante em causa.
No mesmo sentido, a Raríssimas emitiu nesta terça-feira de manhã um comunicado em que diz apenas que a decisão tomada pela SCML de atribuir um apoio financeiro à associação traduz o reconhecimento “da importância do trabalho desenvolvido junto das pessoas com doenças raras e respectivas famílias”. E aproveita para lembrar que a direcção “tem desenvolvido esforços no sentido de procurar, junto de organismos públicos e privados, soluções que viabilizem a continuidade e consolidação” dos serviços que a instituição presta aos seus utentes.
A SCML, recorde-se, tinha já contribuído com 500 mil euros para a construção da Casa dos Marcos, o equipamento emblemático inaugurado pela Raríssimas no início de 2014. A confirmação desse apoio foi dada entre as explicações que se seguiram ao escândalo que, no final do ano passado, ameaçou a instituição, depois de a TVI ter revelado suspeitas de gestão danosa da anterior presidente, Paula Brito e Cunha, entretanto constituída arguida.
Sónia Margarida Laygue, mãe de uma menina de três anos com uma doença rara, foi, em Janeiro deste ano, eleita presidente da direcção da Raríssimas e está desde então a apelar à continuidade dos apoios dos mecenas para evitar o fecho de uma instituição que apoia cerca de 250 utentes que sofrem de doenças raras.