Starbucks deixa de usar palhinhas de plástico até 2020
A marca norte-americana criou uma tampa alternativa que dispensa o uso de palhinha que já está a ser utilizada em 8000 lojas nos EUA e no Canadá.
É o fim das palhinhas de plástico nas lojas de café Starbucks. A cadeia multinacional, que tem 16 lojas em Portugal e mais de 28 mil por todo o mundo, anunciou esta segunda-feira que pretende, até 2020, substituir as palhinhas de plástico por soluções menos prejudiciais para o ambiente, como uma tampa reciclável que dispensa palhinha, copos reutilizáveis, ou palhinhas feitas de outros materiais que não o plástico. Segundo a empresa, esta medida eliminará a produção anual de mais de mil milhões de palhinhas de plástico para as lojas Starbucks.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
É o fim das palhinhas de plástico nas lojas de café Starbucks. A cadeia multinacional, que tem 16 lojas em Portugal e mais de 28 mil por todo o mundo, anunciou esta segunda-feira que pretende, até 2020, substituir as palhinhas de plástico por soluções menos prejudiciais para o ambiente, como uma tampa reciclável que dispensa palhinha, copos reutilizáveis, ou palhinhas feitas de outros materiais que não o plástico. Segundo a empresa, esta medida eliminará a produção anual de mais de mil milhões de palhinhas de plástico para as lojas Starbucks.
As referidas tampas alternativas continuam a ser de plástico, mas a empresa refere que se trata de polipropileno (um termoplástico resistente) que pode ser reciclado muito mais facilmente do que as convencionais palhinhas, que passam a estar disponíveis apenas para situações excepcionais, como o caso de clientes com deficiências motoras que precisem realmente do utensílio para ingerir líquidos.
A medida agora anunciada foi elogiada pelo director-executivo da associação ambientalista Conservation International, M. Sanjayan, que diz trabalhar há 20 anos com a Starbucks para conseguir um “futuro mais sustentável”. “Com os níveis actuais de poluição, em 2050 os oceanos terão mais plástico do que peixes”, recordou, para sublinhar a urgência de soluções alternativas.
A marca espera, com este anúncio, dar o exemplo a outras grandes empresas e também dar resposta à pressão crescente para que seja usado menos plástico na indústria. A cadeira de restaurantes de fast food McDonald’s anunciou em Junho que irá substituir as palhinhas de plástico por uma alternativa em papel nos mais de 1300 restaurantes do Reino Unido e da Irlanda a partir de Setembro. No Reino Unido, outras empresas têm seguido o exemplo, como os supermercados Waitrose, a multinacional Costa Coffee ou a cadeia de restaurantes Pizza Express.
No site português da Starbucks, a empresa diz ter um “compromisso” com o ambiente, ressalvando a “importância de cuidar do planeta”. A empresa definiu 2020 como meta para poder assegurar “a qualidade” e garantir que os produtos possam ser distribuídos por todas as lojas.
A preocupação em torno das palhinhas ganhou novos contornos quando o mergulhador Rich Horner divulgou um vídeo de um mergulho num mar da Indonésia, repleto de lixo e plástico, e quando foi partilhado um vídeo de uma tartaruga com uma palhinha espetada perto do nariz. Apesar de as palhinhas estarem cada vez mais na agenda mediática, a Associated Press refere que os pequenos tubos de plástico constituem apenas 4% de todo o lixo – e ainda menos se for tido em conta o peso.
A Starbucks, nome inspirado no clássico da literatura Moby Dick, foi criada em 1971 e serve cerca de 400 milhões de clientes por mês em todo o mundo. A empresa opera em solo português desde 2008 e as 16 lojas estão localizadas sobretudo em Lisboa (mas também no Porto, no Algarve e na Madeira). O PÚBLICO tentou contactar a Starbucks para saber mais informações sobre esta medida, mas não obteve resposta até ao momento.