Portugueses compram por dia mais de 16 mil embalagens de medicamentos para alergias
Números foram revelados este domingo pela Infarmed, a propósito do Dia Mundial da Alergia.
Os portugueses compraram diariamente mais de 16 mil embalagens de anti-histamínicos no ano passado, em média, o que representa a dispensa de mais de seis milhões de embalagens dos fármacos usados para alívio das alergias.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Os portugueses compraram diariamente mais de 16 mil embalagens de anti-histamínicos no ano passado, em média, o que representa a dispensa de mais de seis milhões de embalagens dos fármacos usados para alívio das alergias.
Segundo dados oficiais da Autoridade do Medicamento (Infarmed) divulgados este domingo, a propósito do Dia Mundial da Alergia, em 2017 foram dispensadas 6.127.288 embalagens de anti-histamínicos, sendo os meses de Janeiro a Maio os que apresentam maior nível de consumo.
Ainda assim, no ano passado registou-se um decréscimo ligeiro na utilização de anti-histamínicos.
Contudo, no período entre 2010 e 2017 o consumo de anti-histamínicos foi quase sempre aumentando, com o último ano analisado a apresentar apenas uma pequena diminuição.
Segundo os dados do Infarmed, entre 2010 e 2013 a despesa com anti-histamínicos diminuiu e a partir de 2014 começou a crescer, atingindo 31,5 milhões de euros no ano passado.
O crescimento da despesa entre 2014 e 2017 deve-se, segundo a Autoridade do Medicamento, à comparticipação de novos medicamentos, à maior utilização de substâncias activas já comparticipadas e também ao recurso a anti-histamínicos não sujeitos a receita médica.
Mais de 90% dos anti-histamínicos no mercado português são sujeitos a receita médica e 77% são comparticipados pelo Estado a 37%.
Em termos de análise regional, a tendência de consumo é comum a todas, mas Lisboa e Vale do Tejo destaca-se por apresentar consumos mais elevados por mil habitantes, enquanto o centro é a região que mostra menor consumo por mil habitantes.