Ordem vai criar lista de advogados especialistas em violência doméstica
Protocolo com Governo inclui compromisso por parte da Ordem dos Advogados em "tornar célere o processo de indicação de advogado que seja solicitado pela Segurança Social, no âmbito do acesso ao direito", diz secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade.
A Ordem dos Advogados (OA) vai criar uma listagem nacional de advogados com formação específica na área da violência doméstica e de género, no âmbito de um protocolo com o Governo para garantir a eficácia do apoio jurídico às vítimas.
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A Ordem dos Advogados (OA) vai criar uma listagem nacional de advogados com formação específica na área da violência doméstica e de género, no âmbito de um protocolo com o Governo para garantir a eficácia do apoio jurídico às vítimas.
O protocolo é assinado nesta sexta-feira, ao final da tarde, entre a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG) e a Ordem dos Advogados e prevê a formação especializada em violência doméstica e violência de género a advogados.
"A Ordem [dos Advogados] compromete-se a promover esta formação especializada a advogados e advogadas já a partir deste ano, em articulação com a CIG e outras entidades", adiantou, em declarações à Lusa, a secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade.
Rosa Monteiro explicou que, na sequência dessa formação, a Ordem dos Advogados vai criar uma área específica dedicada à violência doméstica e de género dentro do seu sistema de informação interno, no âmbito do Sistema de Acesso ao Direito e aos Tribunais.
"Aí, os advogados podem registar-se como sendo especialistas nestas áreas de intervenção específicas e teremos uma listagem nacional de profissionais da advocacia com esta especialização e isto é muito importante", defendeu a secretária de Estado.
O protocolo entre as duas entidades inclui ainda o compromisso por parte da Ordem dos Advogados em "tornar célere o processo de indicação de advogado que seja solicitado pela Segurança Social, no âmbito do acesso ao direito", acrescentou Rosa Monteiro.
A partir daí, a CIG passa a estar em condições de poder divulgar informação sobre estes profissionais com formação especializada junto das estruturas da Rede Nacional de Apoio às Vítimas de Violência Doméstica.