Não é nada difícil, de Madalena Matoso, vence Prémio Nacional de Ilustração

O conjunto de ilustrações do livro Não é nada difícil, da Planeta Tangerina, valeu a Madalena Matoso o Prémio Nacional de Ilustração, distinção que já tinha recebido em 2008 com Charada da Bicharada.

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“Não é nada difícil”, de Madalena Matoso, foi escolhida como uma das 30 melhores obras visuais de todo o mundo. Planeta Tangerina

A ilustradora Madalena Matoso venceu a 22.ª edição do Prémio Nacional de Ilustração com o livro Não é nada difícil, anunciou a Direcção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB). O júri, reunido nesta quinta-feira, 5 de Julho, decidiu "pôr unanimidade" atribuir o prémio, no valor de 10 mil euros, a Madalena Matoso "pelo conjunto de ilustrações do livro Não é nada difícil (texto da própria), publicado pela Planeta Tangerina", refere a DGLAB num comunicado enviado à agência Lusa.

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A ilustradora Madalena Matoso venceu a 22.ª edição do Prémio Nacional de Ilustração com o livro Não é nada difícil, anunciou a Direcção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB). O júri, reunido nesta quinta-feira, 5 de Julho, decidiu "pôr unanimidade" atribuir o prémio, no valor de 10 mil euros, a Madalena Matoso "pelo conjunto de ilustrações do livro Não é nada difícil (texto da própria), publicado pela Planeta Tangerina", refere a DGLAB num comunicado enviado à agência Lusa.

Esta é a segunda vez que Madalena Matoso vence o Prémio Nacional de Ilustração, depois de, em 2008, ter recebido o galardão pelas ilustrações do livro Charada da Bicharada, de Alice Vieira. Até agora, Teresa Lima tinha sido a única ilustradora a receber o prémio por duas vezes: em 2006 com Histórias de animais, de Rudyard Kipling, e em 1998 com Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll.

Em Maio, Não é nada difícil foi reconhecido como uma das 30 melhores obras visuais e de ilustração de todo o mundo e esteve em destaque numa feira de negócio livreiro em Nova Iorque. No livro, editado em 2017 pela Planeta Tangerina, da qual Madalena é co-fundadora, a ilustradora desenvolve a narrativa à medida que o leitor ultrapassa vários labirintos ilustrados. O júri do prémio considerou que a obra "exibe uma coerência organizada numa arquitectura labiríntica quase abstracta sem, no entanto, ousar criar o caos".

O júri atribuiu ainda duas menções especiais: uma "a Abigail Ascenso pelas ilustrações da obra A Noite, com texto de Manuel António Pina, publicada pela Assírio&Alvim", e a outra "a Joana Estrela pelas ilustrações da obra A Rainha do Norte (texto da própria) e publicada pela Planeta Tangerina".

Na acta do prémio, o júri — constituído por Maria Adriana Baptista, Jorge Silva e Ana Castro — decidiu ainda incluir "o carácter singular do trabalho de dois jovens ilustradores: Jaime Ferraz, em Máquina (Pato Lógico) e Ivone Gonçalves, em Maria Trigueira (Kalandraka)".

Nesta edição, foram avaliadas 77 obras publicadas por 29 editoras, uma edição de autor e 11 obras publicadas por outras entidades, da autoria de 66 ilustradores. O valor monetário do Prémio Nacional de Ilustração foi este ano duplicado, de cinco para 10 mil euros, e deixou de distinguir apenas livros ilustrados para crianças e jovens. O valor do prémio é "acrescido de uma comparticipação de 1500 euros destinada a apoiar uma deslocação à Feira Internacional do Livro Infantil e Juvenil de Bolonha". As menções especiais, no valor de 1500 euros cada uma, destinam-se a comparticipar deslocações à Feira de Bolonha.

Em 2017, o prémio foi atribuído a Fátima Afonso pelo conjunto de ilustrações do livro Sonho com asas, com texto de Teresa Marques, editado em 2016 pela Kalandraka.