Wanderlust vai ser mais do que um triatlo mindful
Evento acontece em Lisboa no próximo dia 30 de Setembro. No próximo ano haverá um festival.
Poderia ter começado timidamente, mas a primeira edição do Wanderlust 108 em Portugal – um triatlo de corrida, ioga e meditação – foi um sucesso, diz Nuno Carvalho, da Soma, responsável pela organização do evento, recordando o Verão passado. Por isso, no dia 30 de Setembro espera-se que o espaço do Museu da Electricidade, em Lisboa, junto ao rio, volte a encher. O próximo desafio é fazer chegar o evento ao Porto, já para o ano, assim como fazer um retiro de quatro dias, num resort, tal como já acontece noutros países, como nos EUA ou no México.
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Poderia ter começado timidamente, mas a primeira edição do Wanderlust 108 em Portugal – um triatlo de corrida, ioga e meditação – foi um sucesso, diz Nuno Carvalho, da Soma, responsável pela organização do evento, recordando o Verão passado. Por isso, no dia 30 de Setembro espera-se que o espaço do Museu da Electricidade, em Lisboa, junto ao rio, volte a encher. O próximo desafio é fazer chegar o evento ao Porto, já para o ano, assim como fazer um retiro de quatro dias, num resort, tal como já acontece noutros países, como nos EUA ou no México.
O ano passado, a expectativa era ter cerca de mil pessoas no evento, acabaram por ser mais de 2200 conta Nuno Carvalho ao PÚBLICO. “Foi uma surpresa, não estávamos preparados em termos de espaço”, confessa. Por isso, nesta segunda edição haverá mais espaço, assim como mais professores, de maneira a receber os cerca de quatro mil participantes esperados. “Fizemos uma aposta mais internacional”, continua Carvalho, referindo-se à ex-top model brasileira, com carreira internacional, e professora de ioga Aline Fernandes; mas também ao português Manu, que dá aulas um pouco por todo o mundo. A curadoria do evento coube a Filipa Veiga, que tem ensinado em Portugal e em Bali.
No dia 30 de Setembro, o recinto abre às 7h30 – “os ioguis acordam muito cedo para fazer a saudação ao sol”, justifica Nuno Carvalho –; às 9h começa a primeira parte do triatlo, a corrida, que pode ser também uma caminhada de cinco quilómetros; às 11h é altura para a aula de ioga que decorre até às 12h30 com vários professores, entre eles Manu e Aline Fernandes; e a terceira parte do triatlo é a da meditação com Rute Caldeira, a autora dos livros Liberta-te de Pensamentos Tóxicos e Simplifica a Tua Vida também foi responsável por este momento há um ano.
Um mercado e muitas actividades
A partir das 13h há várias actividades para fazer no recinto, onde está presente um mercado de alimentação e outros produtos pensados para um consumidor preocupado com a vida saudável. Há ainda outras actividades ligadas ao mindfulness, do acroyoga ao hoola hoop, passando pelo aerial yoga, workshops e meditação, entre outras, nomeadamente as propostas das várias escolas de ioga que existem no país e vão ali marcar presença. Nuno Carvalho refere que, há um ano, uma centena de escolas venderam bilhetes para o Wanderlust, este ano são "300 e qualquer coisa". A que se deve este fenómeno? “Há mais professores estrangeiros a viver em Portugal, na linha da Ericeira, Cascais, Lisboa, penso que devido à proximidade do mar. Eles apaixonam-se pelo clima, o bom tempo, as pessoas... É uma comunidade onde todos se conhecem e que está em crescimento”, responde o responsável pelo evento.
E essa é uma das razões por que a organização está já a pensar fazer, em 2019, um evento de um dia no Porto e um festival de quatro dias, anuncia Nuno Carvalho. Há centenas de participantes do Norte que se deslocam a Lisboa, justifica. A Wanderlust, que começou do outro lado do Atlântico, tem vindo a crescer na Europa e anualmente são acrescentadas novas cidades. O responsável da Soma está já a pensar no espaço onde o festival pode ser feito, talvez no Algarve ou no Gerês, em época baixa para aproveitar toda a infra-estrutura de um resort e acolher cerca de meio milhar de participantes. Carvalho fala dos festivais no México ou no Havai, que acontecem em locais paradisíacos. No futuro, quem sabe, pode haver um “passaporte” para quem queira fazer “outros Wanderlusts”, avança ainda, uma vez que os professores já circulam pelos vários eventos europeus e americanos.
O bilhete para o evento de Setembro, em Lisboa, já custou 25 euros (até 12 de Maio), agora custa 30 euros e inclui um dorsal, bandana, t-shirt Adidas e goodie bag; por 38,50 euros é acrescentado o almoço (uma bowl e sumo de fruta), de maneira a evitar as filas dentro do recinto – foi uma das queixas do ano anterior, refere Carvalho –; por 82,50 euros inclui ainda um tapete Adidas.
A marca germânica é a patrocinadora oficial do Wanderlust a nível global e suporta parte da produção do evento. A Adidas criou uma linha propositadamente para o Wanderlust, com peças feitas em tecidos com mais elasticidade e pensados em parceria com professores de ioga, informa Sónia Fernandes, relações públicas da marca, cuja estratégia global tem sido apostar no desporto woman, acrescenta. É que embora sejam esperados homens no recinto, a verdade é que o Wanderlust é escolhido sobretudo por mulheres. Há um ano 89% dos participantes era do sexo feminino, informa Nuno Carvalho.