Primeira vitória para Sáenz de Santamaría nas primárias do PP
Soraya Sáenz de Santamaría ganhou primeira volta das eleições para a escolha do sucessor de Mariano Rajoy. Terá Pablo Casado como adversário na segunda votação no congresso extraordinário.
Soraya Sáenz de Santamaría venceu nesta quinta-feira a primeira volta das eleições para a liderança do Partido Popular (PP) espanhol, com cerca de 37% dos votos (21.513 votos). A candidata, ex-vice-presidente do Governo, terá Pablo Casado, que reuniu 19.967 votos, como adversário na segunda e decisiva volta do processo para escolher o sucessor de Mariano Rajoy.
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Soraya Sáenz de Santamaría venceu nesta quinta-feira a primeira volta das eleições para a liderança do Partido Popular (PP) espanhol, com cerca de 37% dos votos (21.513 votos). A candidata, ex-vice-presidente do Governo, terá Pablo Casado, que reuniu 19.967 votos, como adversário na segunda e decisiva volta do processo para escolher o sucessor de Mariano Rajoy.
Uma vez que nenhum dos candidatos conseguiu alcançar mais de 50% dos votos, uma vantagem de 15% ou uma vitória em mais de 50% das circunscrições, será necessária uma segunda votação. O vencedor será escolhido no congresso extraordinário do partido, agendado para 20 e 21 de Julho.
Para além de Soraya Saénz de Santamaría e Pablo Casado canditaram-se María Dolores de Cospedal, secretária-geral do PP, que ficou em terceiro lugar, e José Manuel García-Margallo (ex-ministro dos Negócios Estrangeiros), Elio Cabanes (vereador) e José Ramón García Hernández (deputado). A taxa participação entre os 66 mil membros do partido rondou os 87%, segundo a imprensa espanhola.
As eleições internas no PP ocorrem na sequência da demissão de Mariano Rajoy, que deixou a liderança do PP depois de o Governo a que presidia ter sido derrubado por uma moção de censura apresentada pelo PSOE, que entretanto assumiu a chefia do executivo. Os socialistas aproveitaram as sentenças judiciais do caso Gürtel, que envolvia casos de corrupção dentro do PP, para forçarem a mudança política na Moncloa com uma moção de censura que foi aprovada com o apoio dos deputados bascos do PNV e catalães do PDeCAT.
Rajoy, também enfraquecido politicamente devido à gestão da questão catalã, anunciou que se afastava do partido, abrindo caminho a um congresso extraordinário para a escolher um novo líder para os populares (direita).
O futuro líder do PP terá de renovar e modernizar um partido que nos últimos anos perdeu uma parte importante do eleitorado devido aos casos de corrupção que envolveram alguns dos dirigentes, ao processo independentista na Catalunha e ao êxito do partido Cidadãos.