Prisão preventiva para guarda prisional suspeito de introduzir droga na cadeia
Balanço final dá conta de apreensão de quase 26 mil doses de haxixe em mega-operação. Foram detidas 20 pessoas.
A operação Fonte 2765, que levou na segunda-feira à detenção de 20 pessoas por tráfico de droga, incluindo um guarda prisional, permitiu apreender quase 26 mil doses de haxixe, segundo um balanço final divulgado esta sexta-feira.
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A operação Fonte 2765, que levou na segunda-feira à detenção de 20 pessoas por tráfico de droga, incluindo um guarda prisional, permitiu apreender quase 26 mil doses de haxixe, segundo um balanço final divulgado esta sexta-feira.
Num anterior balanço, a GNR tinha dado conta da apreensão de 16 mil doses de haxixe, além de 37 veículos, mil doses de cocaína, nove telemóveis e material de corte e embalamento de droga. Na informação actualizada, refere-se que a operação - realizada em conjunto com a PSP nos distritos de Lisboa, Santarém e Setúbal - resultou na apreensão de 25.971 doses de haxixe, 1321 de cocaína, 19 doses de liamba e um selo LSD, além de cinco balanças de precisão e 27.938 euros.
Foram ainda aprendidas pelas forças de segurança "três armas de fogo, 499 munições de diversos calibres, nove armas brancas, dois aerossóis de defesa, uma soqueira, quatro armas de ar comprimido, 42,7 gramas de ouro, 33 veículos ligeiros e dois motociclos". Onze das 20 pessoas que foram detidas ficaram em prisão preventiva, entre elas o guarda prisional, disse fonte ligada ao processo.
De acordo com a GNR, "sete ficaram com apresentações diárias em posto policial e proibidos de contacto entre si e de entrar em bairros sociais no concelho de Cascais".
A operação Fonte 2765 começou às 4h00 de segunda-feira e a maioria das detenções, efectuadas no cumprimento de mandados, ocorreu nas zonas de Alcabideche e Cascais, locais onde a rusga começou. A maioria dos detidos tem cadastro por tráfico de droga.
No âmbito da operação, também foram efectuadas 94 buscas, 50 das quais domiciliárias, sete não domiciliárias (incluindo quatro em celas no estabelecimento prisional de Caxias) e várias a veículos. O Estabelecimento Prisional de Caxias e o Hospital Prisional de São João de Deus, onde o guarda prisional trabalhava, foram também alvo de buscas.
Num comunicado emitido na segunda-feira, a Direcção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais indicou que o guarda prisional tinha sido detido por introduzir droga e telemóveis dentro de vários estabelecimentos.
A investigação, a cargo do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Sintra e do Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Sintra, decorria há cerca de dois anos, e visava um grupo que actuava em rede e de forma organizada. Segundo as autoridades, os elementos da rede eram os principais abastecedores de droga das zonas de Sintra, Cascais, Oeiras, Seixal, Abrantes e Entroncamento.
Na operação, que decorreu em Caxias, Sintra, Cascais, Oeiras, Seixal, Abrantes e Entroncamento participaram 410 militares da GNR e 117 elementos da PSP, num total de 527 operacionais das duas forças de segurança Um juiz e quatro procuradores do DIAP de Sintra acompanharam as buscas.