Um milhão de euros para ajudar Aldeias do Xisto a recuperar dos incêndios
Trabalhos no âmbito do projecto que envolve 27 aldeias começaram em Janeiro e devem ir até 2020.
A Agência para o Desenvolvimento Turístico das Aldeias do Xisto (ADXTUR) assinou nesta quinta-feira um contrato de apoio à valorização turística com o governo. O financiamento no valor de um milhão de euros vai permitir “repor algumas estruturas” afectadas pelos incêndios, mas também promover actividades que gerem “mais atracção”, referiu a secretária de Estado, Ana Mendes Godinho aos jornalistas, em Álvaro, no concelho de Oleiros.
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A Agência para o Desenvolvimento Turístico das Aldeias do Xisto (ADXTUR) assinou nesta quinta-feira um contrato de apoio à valorização turística com o governo. O financiamento no valor de um milhão de euros vai permitir “repor algumas estruturas” afectadas pelos incêndios, mas também promover actividades que gerem “mais atracção”, referiu a secretária de Estado, Ana Mendes Godinho aos jornalistas, em Álvaro, no concelho de Oleiros.
Álvaro é uma das 14 aldeias que integram a ADXTUR afectadas pelos incêndios de Junho e Outubro de 2017. A rede é composta por 27 aldeias da Região Centro. No âmbito do acordo está prevista a reabilitação da “relação das aldeias com a envolvente” mas também a recuperação urbana do espaço público, explicou o coordenador da ADXTUR, Rui Simão.
Os trabalhos começaram em Janeiro e devem estender-se até 2020. O apoio à ADXTUR faz parte da linha específica pós-incêndios do programa Valorizar, no âmbito da qual já foram aprovados 35 projectos, num total de 5 milhões de euros.
O financiamento permite também intervir nas aldeias que não foram afectadas. Nesses casos, está prevista a melhoria da rede de internet sem fios, instalação de rádios com banda de cidadão e a promoção de actividades como a promoção da ocupação dos solos.
O vice-presidente de Oleiros, Victor Antunes, apontou que o incêndio de Outubro destruiu 35 das 96 casas de Álvaro, sendo que apenas quatro são de primeira habitação. Receia que a existência de imóveis destruídos no meio de aldeias turísticas possa “inviabilizar esta perspectiva como um todo” e apelou ao governo para que crie mecanismo de apoios nestes casos.
Ana Mendes Godinho refere que o fundo imobiliário criado pelo governo para territórios de baixa densidade “pode ser um dos instrumentos”. No entanto, o fundo de 25 milhões de euros destina-se a “ajudar a transformar casas” abandonadas ou degradadas em “activos económicos” direccionados para o turismo, como alojamento e restauração, e não para a habitação.
A responsável adiantou ainda que foi lançado um novo programa de cinco milhões de euros para promover “rotas de enoturismo, gastronomia, turismo equestre e militar” em territórios de baixa densidade. As candidaturas estão abertas até Setembro.