Lua de Saturno revela-se cada vez mais uma boa candidata para a existência de vida fora da Terra

Detectadas moléculas orgânicas complexas provenientes do oceano desta lua de Saturno.

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Imagem da lua Encelado captada pela missão Cassini Cassini/NASA

A possibilidade da lua Encelado ter condições para albergar vida continua a ganhar força. Moléculas orgânicas complexas, provenientes do interior desta lua de Saturno, foram detectadas junto daquela lua. A descoberta foi feita por uma equipa de investigadores, liderada pelos cientistas Frank Postberg e Nozair Khawaja da Universidade de Heidelberg, na Alemanha. Esta nova conclusão foi conseguida a partir de dados recolhidos pela sonda Cassini, que investigou o sistema de Saturno até 2017, quando finalizou a sua missão. O estudo foi publicado esta quarta-feira na revista científica Nature.

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A possibilidade da lua Encelado ter condições para albergar vida continua a ganhar força. Moléculas orgânicas complexas, provenientes do interior desta lua de Saturno, foram detectadas junto daquela lua. A descoberta foi feita por uma equipa de investigadores, liderada pelos cientistas Frank Postberg e Nozair Khawaja da Universidade de Heidelberg, na Alemanha. Esta nova conclusão foi conseguida a partir de dados recolhidos pela sonda Cassini, que investigou o sistema de Saturno até 2017, quando finalizou a sua missão. O estudo foi publicado esta quarta-feira na revista científica Nature.

Já se sabia que Encelado possuia um oceano de água líquida e salgada situado por baixo da camada de gelo que cobre a superfície da lua. Além disso, já se tinham identificado pequenas moléculas orgânicas provenientes desse oceano. Estas descobertas tornaram a lua numa boa candidata para a existência de vida fora da Terra. A descoberta das novas moléculas orgânicas complexas aumenta essa possibilidade. "Esta é a primeira vez que detectamos moléculas orgânicas complexas, provenientes de um oceano extraterrestre", afirma Frank Postberg, citado numa nota publicada no site da Agência Espacial Europeia (ESA).

Os fragmentos das moléculas foram recolhidos em grãos de gelo expelidos para o espaço em jactos que nascem de rachas existentes na superfície lunar. Segundo a ESA, as moléculas orgânicas deste tamanho podem ser formadas em processos químicos complexos relacionados com a existência de vida. No entanto, este material orgânico pode também ser proveniente de meteoritos que colidiram com a lua.

Mas Frank Postberg acredita que os fragmentos recolhidos são provenientes da actividade hidrotermal no oceano de Encelado. "Na minha opinião os fragmentos encontrados são de origem hidrotermal. Estes fragmentos moleculares foram processados dentro do núcleo hidrotermal de Encelado: com as pressões altas e as temperaturas quentes, existentes neste núcleo, é possível que as moléculas subam e surjam à superfície". O facto de possuir um oceano, uma fonte de calor e compostos orgânicos tornam esta lua de Saturno um lugar propício à vida.