Juiz Kennedy deixa Supremo Tribunal e abre porta para Trump

Presidente Donald Trump tem oportunidade para nomear outro juiz conservador, e moldar o carácter deste órgão

Foto
O juiz Anthony Kennedy com Donald Trump JIM LO SCALZO/REUTERS

O juiz do Supremo Tribunal norte-americano Anthony Kennedy, que faz 82 anos em Julho e foi nomeado ainda pelo Presidente Ronald Reagan, anunciou que vai reformar-se a partir de 31 desse mês.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O juiz do Supremo Tribunal norte-americano Anthony Kennedy, que faz 82 anos em Julho e foi nomeado ainda pelo Presidente Ronald Reagan, anunciou que vai reformar-se a partir de 31 desse mês.

A saída de Kenney, que muitas vezes muda o sentido do seu voto neste tribunal de nove juízes dá nova oportunidade a Donald Trump para nomear outro juiz conservador, e afirmar o carácter conservador deste órgão chamado a decidir sobre várias questões fundamentais na vida dos Estados Unidos. Kennedy está no Supremo desde 1977, e teve um papel fundamental no avanço dos direitos dos homossexuais, no reforço do direito ao aborto e em acabar com o limite dos gastos em campanhas políticas.

O Presidente norte-americano, que nomeou já um juiz conservador para o Supremo — Neil Gorsuch — anunciou que vai começar imediatamente à procura de um substituto, a partir de uma lista de 25 candidatos. Questões como o aborto, ou o casamento gay podem vir a estar na mira.

Na terça-feira, Kennedy juntou-se aos quatro outros conservadores no Supremo para dar uma vitória ao Presidente Trump ao considerar de acordo com a constituição as restrições à entrada de cidadãos de diversos países de maioria muçulmana nos EUA é constitucional. Ontem, juntou-se de novo a esta maioria para aprovar a decisão de que os funcionários públicos que não queiram ser sindicalizados não têm de pagar quotas para