Centros de leitura para detectar retinopatia em prematuros
Menos de metade das maternidades têm profissionais com capacidade para diagnosticar e tratar a retinopatia da prematuridade.
Os especialistas que assinam a Estratégia Nacional para a Saúde da Visão que esta terça-feira é apresentada em Lisboa propõem a criação de uma rede nacional de leitura e referenciação de retinopatia da prematuridade (crianças de muito alto risco, que nascem com menos de 1500 gramas), a concretizar entre 2019 e 2020. Esta rede assentará em três centros de leitura e de tratamento, localizados em Lisboa, Coimbra e Porto.
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Os especialistas que assinam a Estratégia Nacional para a Saúde da Visão que esta terça-feira é apresentada em Lisboa propõem a criação de uma rede nacional de leitura e referenciação de retinopatia da prematuridade (crianças de muito alto risco, que nascem com menos de 1500 gramas), a concretizar entre 2019 e 2020. Esta rede assentará em três centros de leitura e de tratamento, localizados em Lisboa, Coimbra e Porto.
As imagens serão obtidas por enfermeiros treinados para o efeito, ou outros profissionais não médicos, e introduzidas numa plataforma informática para serem lidas por um oftalmologista qualificado.
Em 2017 nasceram em Portugal 932 prematuros de risco em 30 unidades de neonatalogia de maternidades e “menos de metade” destes centros possuem oftalmologistas com capacidade de intervenção a este nível, justificam os peritos, que lembram que cada diagnóstico perdido pode representar uma criança cega.
Para concretizar este projecto, sublinham, será apenas necessário um enfermeiro que fará o rastreio em forma de imagem digital, uma unidade de equipamento de imagem e transporte por cada Administração Regional de Saúde do país.
Outra proposta passa pela criação, já este ano, de legislação que possibilite a articulação dos cuidados de reabilitação de paralisia cerebral das três instituições particulares de solidariedade social (Lisboa, Coimbra e Porto) com os serviços de oftalmologia da sua área de referência.
Frisando que a maior parte das pessoas com paralisia cerebral e doenças neurológicas têm alterações e défices visuais e actualmente o atendimento é integrado em consultas de oftalmologia de indivíduos sem limitações motoras, sugerem que a avaliação passe a ser realizada nos centros de reabilitação, que têm menos barreiras arquitectónicas e disponibilidade de técnicos com facilidade de interpretação da linguagem verbal destes doentes.