Espanha evitou derrota por duas vezes e qualificou-se em primeiro

Africanos já estavam eliminados, mas ainda deram luta, com o empate a chegar já nos últimos instantes.

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Espanha e Marrocos empataram num jogo que foi disputado até ao fim. Reuters/CHRISTIAN HARTMANN

Uma coisa é certa: do lote das equipas que vão deixar a Rússia imediatamente a seguir à fase de grupos, Marrocos é das que vai deixar mais saudades. Já tinham dado um ar da sua graça contra Portugal, mas o resultado não fora favorável. Nesta segunda-feira, o desfecho no estádio de Kalingrado foi diferente. Os africanos nunca tiveram medo da Espanha e empataram (2-2) com os ex-campeões mundiais numa partida bem disputada. No final, La Roja fica em primeiro do Grupo B e vai defrontar a Rússia nos oitavos-de-final.

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Uma coisa é certa: do lote das equipas que vão deixar a Rússia imediatamente a seguir à fase de grupos, Marrocos é das que vai deixar mais saudades. Já tinham dado um ar da sua graça contra Portugal, mas o resultado não fora favorável. Nesta segunda-feira, o desfecho no estádio de Kalingrado foi diferente. Os africanos nunca tiveram medo da Espanha e empataram (2-2) com os ex-campeões mundiais numa partida bem disputada. No final, La Roja fica em primeiro do Grupo B e vai defrontar a Rússia nos oitavos-de-final.

Ao contrário do que fez contra Portugal, que teve de se esforçar para travar as investidas ofensivas de Marrocos, os africanos começaram por apostar no contra-ataque contra uma Espanha muito subida no terreno. E foi precisamente a partir desse momento do jogo que o marcador foi inaugurado (14’). No meio-campo, Iniesta domina mal a bola, que fica a meio caminho no trajecto até Sergio Ramos. Quem aproveitou foi Khalid Boutaïb, que correu até à baliza contrária e não vacilou perante David De Gea.

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Mas La Roja só esteve em desvantagem durante cinco minutos. Numa jogada típica da selecção espanhola, Isco passa para Iniesta, que dentro da área devolve para o compatriota repor a igualdade na partida, com um remate para o canto superior esquerdo da baliza de El Kajoui.

Contra uma equipa de Marrocos muitas vezes fechada, Espanha manteve mais de 70% de posse de bola e apostou várias vezes na dinâmica combinação Iniesta-Isco para causar estragos à equipa adversária, que recorreu muitas vezes às faltas (quatro cartões amarelos na primeira parte). Mas os marroquinos não desabaram e quase que reconquistaram a vantagem, quando Boutaïb falhou na cara do guardião espanhol.

A selecção de Hervé Renard voltou do balneário com a intenção de causar estragos à Espanha e Nordin Amrabat esteve perto de recolocar a sua equipa na frente — o remate do extremo-direito teimou em bater no espaço entre a barra e o poste.
A organização defensiva marroquina obrigou a Espanha a procurar outros caminhos para o golo, nomeadamente através de cruzamentos e futebol mais directo, mas sem efeito. O tempo passava, Marrocos atacava cada vez mais e Espanha via-se mais aflita para materializar em golo o seu domínio.

A nove minutos do fim do tempo regulamentar, os jogadores espanhóis voltaram a sentir calafrios, causados pelo cabeceamento para golo de Youssef En-Nesyri, após canto marcado por Fajr.

Nessa altura, Fernando Hierro, provavelmente descontente com a ineficácia ofensiva dos seus comandados, fez saltar para o campo Iago Aspas, em detrimento do “apagado” Diego Costa. A aposta do seleccionador espanhol revelou-se cirúrgica. No lugar certo, à hora certa, o ponta-de-lança do Celta de Vigo encontrava-se na área para colocar no fundo das redes a bola que saiu dos pés de Carvajal. O golo ainda foi invalidado pelo árbitro Ravshan Irmatov, mas o VAR inverteu a decisão.

Contas feitas, a Espanha, que sofreu um sobressalto e cumpriu a fase de grupos também com pouco brilhantismo, vai agora medir forças com a anfitriã do Mundial. O encontro com a Rússia está marcado para as 15h de domingo. Nesse dia, os jogadores marroquinos já estarão de férias, quem sabe se a verem o encontro através da televisão.