No regresso do telefilme, Pacino é Paterno

HBO continua a produção de cinema directamente para a TV com a história de um treinador cheio de mística nos EUA e cujo fim de carreira foi marcado por um caso de abuso de menores.

Foto
O filme é sobre o reputado e carismático treinador da equipa de Penn State, mas sobretudo sobre as acusações de violação de oito rapazes menores pelo seu treinador adjunto, Jerry Sandusky DR

Este filme tem dois nomes e se um deles é praticamente desconhecido de parte dos espectadores portugueses, o outro é seguramente conhecido pela esmagadora maioria do mundo. Al Pacino – um dos grandes actores vivos – é Paterno, Joe Paterno, um treinador de futebol americano de culto em momento de destruição de carácter e carreira. Pacino volta assim ao campo deste desporto depois de Um Domingo Qualquer (1999), de Oliver Stone, e ao mal-amado formato do telefilme. Esta é uma história de violência – sexual.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Este filme tem dois nomes e se um deles é praticamente desconhecido de parte dos espectadores portugueses, o outro é seguramente conhecido pela esmagadora maioria do mundo. Al Pacino – um dos grandes actores vivos – é Paterno, Joe Paterno, um treinador de futebol americano de culto em momento de destruição de carácter e carreira. Pacino volta assim ao campo deste desporto depois de Um Domingo Qualquer (1999), de Oliver Stone, e ao mal-amado formato do telefilme. Esta é uma história de violência – sexual.

O filme da HBO estreia-se directamente na televisão portuguesa no TVCine1 e é realizado por Barry Levinson, o terceiro grande nome de Paterno (2018). O filme é sobre o reputado e carismático treinador da equipa de Penn State, mas sobretudo sobre as acusações de violação de oito rapazes menores pelo seu treinador adjunto, Jerry Sandusky, que ensombraram o seu final de carreira em 2011. Uma jornalista local, Sara Ganim (interpretada por Riley Keough), descobriu relatos dos crimes de Sandusky em 2011 e Paterno, dono de uma voz característica e de uma mística que já desde 2012 encantara Al Pacino com vista a interpretá-lo, tornou-se num dos focos da investigação – participara ou não no encobrimento dos abusos?

Foto

Tal como Robert De Niro foi o banqueiro Bernie Madoff em 2017, esta é mais uma incursão de um dos grandes rostos do cinema pelo formato antes maldito do telefilme. A HBO tem-se dedicado a esta produção com foco no documentário e na dramatização de histórias recentes, tendo neste caso a sua “casa” portuguesa nos canais TVCine (com o TVSéries, são “home of HBO” e onde as estreias do gigante americano se fazem em primeira mão), onde o filme passa este sábado às 21h30 e fica disponível por sete dias.

Pacino já fora Phil Spector e o Jack “Dr. Morte” Kevorkian para a HBO, e retrata agora os últimos meses de vida de Paterno (que morreu de cancro em 2012). Mas não deixa o cinema de grande escala. Entre os seus próximos projectos está Once Upon a Time in Hollywood, mais um muito falado projecto de Quentin Tarantino, desta feita sobre o encantatório e negro Verão de 1969 e os crimes de Charles Manson. Será o agente Marvin Shwarz e será a primeira vez que trabalhará com Tarantino.