Défice fica nos 0,9% do PIB no primeiro trimestre

Valor fica ligeiramente acima da meta estabelecida pelo Governo para o total do ano, mas padrão dos anos anteriores cria expectativa de melhoria nos trimestres seguintes.

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LUSA/MANUEL DE ALMEIDA

O défice público atingiu, nos primeiros três meses deste ano, os 0,9% do PIB, um valor que representa uma melhoria face ao resultado do mesmo período de 2017, mas que ainda assim fica acima da meta traçada pelo Governo para a totalidade do ano.

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O défice público atingiu, nos primeiros três meses deste ano, os 0,9% do PIB, um valor que representa uma melhoria face ao resultado do mesmo período de 2017, mas que ainda assim fica acima da meta traçada pelo Governo para a totalidade do ano.

Os dados, divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) são calculados em contabilidade nacional, a metodologia utilizada a nível europeu. O défice de 0,9% no primeiro trimestre deste ano comparara com os 10,6% registados no primeiro trimestre de 2017. No entanto, o valor extremamente elevado do início de 2017 reflectia em larga medida a inclusão nas contas do montante injectado pelo Estado na recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD). Retirando esse efeito extraordinário, o défice público no primeiro trimestre de 2017 teria ficado nos 2%.

Em qualquer dos casos, é evidente a melhoria neste indicador conseguida no início de 2018, o que constitui um sinal positivo para o cumprimento pelo Governo da meta de redução do défice de 0,9% em 2017 (excluindo efeito CGD) para 0,7% este ano.

O valor agora conhecido do primeiro trimestre deste ano (0,9%) ainda está acima do objectivo para a totalidade do ano, mas o padrão do passado recente revela que o segundo semestre é período com saldos orçamentais mais favoráveis do que as primeiras metades, o que permite antecipar uma tendência de descida do indicador.

Em 2017, o défice do primeiro trimestre foi de 2% (sem efeito CGD) terminando-se o ano nos 0,9%. Em 2016, depois de no primeiro trimestre o défice ter sido de 3,4%, o ano acabou com um resultado de 2%.