“Derrubados”, “quebrados” e “no abismo": as manchetes após o desaire da Argentina

Jornais não poupam críticas aos jogadores e seleccionador. A “albiceleste” está em terceiro lugar no grupo D, e a passagem aos “oitavos” é cada vez mais complicada.

Fotogaleria

A humilhante derrota da selecção da Argentina, na noite de quinta-feira, frente à Croácia (0-3), causou um sentimento de indignação junto dos adeptos argentinos. Essa revolta está espelhada, também, nas capas dos jornais diários do país, que criticam a falta de entrega dos atletas e a apatia generalizada que se seguiu aos golos da formação croata.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A humilhante derrota da selecção da Argentina, na noite de quinta-feira, frente à Croácia (0-3), causou um sentimento de indignação junto dos adeptos argentinos. Essa revolta está espelhada, também, nas capas dos jornais diários do país, que criticam a falta de entrega dos atletas e a apatia generalizada que se seguiu aos golos da formação croata.

A Argentina encontra-se no terceiro lugar do grupo D, com apenas um ponto. Acima dela está a Islândia, em igualdade pontual, mas com menos um jogo. A Islândia jogará esta sexta-feira, frente à Nigéria e, em caso de vitória, terá, praticamente, a passagem assegurada. Devido a esta ginástica matemática para a “albiceleste”, o jornal diário Clarín garante que os argentinos necessitam de “mais do que um milagre” para que se verifique a qualificação para os oitavos-de-final.

O Diário Popular foi outro dos jornais que não esconderam a decepção pelo desaire frente à Croácia. “Depois da vergonhosa derrota frente à Croácia estamos com um pé fora [do Mundial] ”. A capa do diário de Buenos Aires inclui um Messi cabisbaixo, e duas pequenas fotos circulares com Jorge Sampaoli, seleccionador nacional e o guarda-redes Caballero — que ofereceu o primeiro golo à selecção croata, depois de um erro clamoroso.

O jornal desportivo Olé seguiu a mesma táctica do Diário Popular e colocou, como figura de destaque, Lionel Messi. O capitão argentino possui uma expressão de frustração, e a selecção argentina é apelidada de “papelón” — gabarolas, em português. As críticas são direccionadas, principalmente, para a exibição do jogador do Barcelona que, segundo o jornal, “não fez nada, nem apareceu [na partida de quinta-feira]”. “A selecção, com uma exibição indecifrável e jogadores sem alma, foi massacrada por 3-0”, pode ler-se na manchete.

Imprensa internacional canaliza atenções para crise argentina

Não foi só em Buenos Aires que a derrota argentina foi alvo de atenção. Um pouco por todo o Mundo, os órgãos de comunicação social analisaram o mau rendimento da “albiceleste” no Mundial da Rússia.

O diário desportivo espanhol As desataca os momentos dos três golos da selecção croata, afirmando que, na noite de sexta-feira, “não houve Messi, nem Argentina”.  A Marca, por sua vez, apelida a derrota como um “fiasco mundial”, salientando uma “grande Croácia” frente a uma Argentina “encostada às cordas”. O Mundo Deportivo afirma que a selecção albiceleste está no “abismo” e os italianos do Corriere dello Sport descrevem um “choque no Mundial”. “Chora, pulga” foi a frase escolhida para acompanhar uma foto de Lionel Messi claramente abatido e desiludido pela derrota, naquele que pode ser a sua última oportunidade de conquistar o Mundial pela selecção argentina.