Universidade de Coimbra investe três milhões para reabilitar Paço das Escolas
Trabalhos no núcleo histórico devem arrancar até ao final do ano.
A lavagem de cara dos edifícios mais antigos da Alta universitária de Coimbra vai continuar. Cinco anos depois da inscrição deste bem patrimonial na lista da UNESCO, a universidade prepara-se iniciar os trabalhos de reabilitação do Paço das Escolas, os antigos aposentos reais, numa empreitada que ronda os três milhões de euros.
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A lavagem de cara dos edifícios mais antigos da Alta universitária de Coimbra vai continuar. Cinco anos depois da inscrição deste bem patrimonial na lista da UNESCO, a universidade prepara-se iniciar os trabalhos de reabilitação do Paço das Escolas, os antigos aposentos reais, numa empreitada que ronda os três milhões de euros.
O projecto prevê a intervenção nos telhados, a reabilitação das caixilharias e de “praticamente todas as fachadas” do edifício, indica a informação disponibilizada pela Universidade de Coimbra (UC). A iluminação das fachadas também será substituída e a azulejaria do espaço beneficiará de uma reabilitação. O vice-reitor para o turismo, Luís Menezes, adiantou ao PÚBLICO que os trabalhos devem arrancar até ao final de 2018 e devem prolongar-se por dois anos.
A obra anunciada para o núcleo central da UC sucede aos trabalhos de recuperação e reabilitação que têm tido por alvo vários espaços da Alta da cidade. A Torre da Universidade, a Via Latina, as Escadas de Minerva, a Porta Férrea e a fachada da Biblioteca Joanina – as estruturas em pedra que ladeiam o Pátio das Escolas – sofreram intervenções nos últimos anos, sendo que algumas delas começaram mesmo antes do reconhecimento da UNESCO. “Está tudo de cara lavada”, sintetiza Luís Menezes, que lembra ainda a reabilitação recente da Capela de S. Miguel, encaixada entre a Biblioteca Joanina e a Torre da Universidade. A recuperação do Colégio da Trindade, concluída em 2017, eliminou do mapa a última grande ruína da Alta.
O vice-reitor adianta que há um outro projecto na calha relativo a parte do Colégio de Jesus (edifício adjacente à Sé Nova), onde está alojada parte do Museu da Ciência. Mas esse “demorará mais um ano ou dois a estar fechado”. E será aliás numa sala do Museu da Ciência que a UC vai instalar um centro interpretativo provisório (depois das obras no Colégio de Jesus, deverá mudar-se para outra sala do mesmo edifício). “Espero que até Setembro esteja a funcionar”, projecta Luís Menezes. O dossier de candidatura da UC a Património da Humanidade previa a criação de um centro interpretativo de raiz, mas isso é algo que não deverá acontecer tão cedo.