Índice de envelhecimento activo? Portugal perto da média
“Portugal deve continuar a tentar ajudar as pessoas com mais de 55 anos a manterem-se no mercado de trabalho”, recomenda professor da Universidade de Southampton, no Reino Unido.
Asghar Zaidi, professor da Universidade de Southampton, no Reino Unido, vai estar esta quinta-feira na conferência anual do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa para falar no Índice de Envelhecimento Activo.
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Asghar Zaidi, professor da Universidade de Southampton, no Reino Unido, vai estar esta quinta-feira na conferência anual do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa para falar no Índice de Envelhecimento Activo.
O índice, desenvolvido por uma equipa coordenada por Zaidi, foi lançado pela Comissão Europeia e pela Comissão Económica das Nações Unidas para a Europa em 2012. Mede até que ponto as pessoas acima de 55 anos podem realizar o seu potencial. E até que ponto o ambiente em que vivem lhes permite ter uma vida activa. Os dados mais antigos são de 2010 e os mais recentes de 2014. Os de 2016 deverão ser divulgados este ano.
Portugal está perto da média europeia. Tem vindo a melhorar o ambiente favorável ao envelhecimento, mas piorou na esfera do emprego, o que estará associado à crise. Mesmo assim, é no trabalho que se destaca pela positiva. E é na fraca participação social (actividades de voluntariado, cuidado de adultos ou crianças, participação na política) e na limitada vida independente (exercício físico, acesso a serviços de saúde, independência, segurança financeira, segurança física, aprendizagens ao longo da vida) que se distingue pela negativa.
“Portugal deve continuar a tentar ajudar as pessoas com mais de 55 anos a manterem-se no mercado de trabalho”, recomenda Zaidi. “Os empregadores devem ser encorajados a contratar trabalhadores com mais de 55 anos e fazer ajustes para estes se manterem produtivos”, aponta. Ajuda, por exemplo, garantir-lhes formação profissional e admitir alguma flexibilidade de horário.