Lisboa será "Capital Verde Europeia” em 2020
Município vai suceder a Oslo como "Capital Verde Europeia”, deixando para trás as cidades de Ghent (Bélgica) e Lahti (na Finlândia).
Uma Praça de Espanha com um novo parque e uma bacia de retenção de água para controlo de cheias. Um parque urbano em Entrecampos, um corredor verde que atravessará o vale de Alcântara, ligando-se a Monsanto ao Tejo e regado com água reciclada na sua Estação de Tratamento de Águas Residuais. As Gira, as bicicletas partilhadas do município que já têm mais de dez mil passes associados.
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Uma Praça de Espanha com um novo parque e uma bacia de retenção de água para controlo de cheias. Um parque urbano em Entrecampos, um corredor verde que atravessará o vale de Alcântara, ligando-se a Monsanto ao Tejo e regado com água reciclada na sua Estação de Tratamento de Águas Residuais. As Gira, as bicicletas partilhadas do município que já têm mais de dez mil passes associados.
Terão sido estes alguns dos trunfos que o presidente da câmara de Lisboa, Fernando Medina, apresentou para convencer o júri de que Lisboa é verde o suficiente para ser a “Capital Verde Europeia” em 2020.
A distinção foi atribuída pelo comissário europeu para o Ambiente, Assuntos Marítimos e Pescas, Karmenu Vella, ao início da noite desta quinta-feira em Nijmegen, na Holanda, a actual “capital verde” da Europa.
Numa pequena intervenção antes de ser conhecida a cidade que vai suceder a Oslo, na Noruega, Fernando Medina fixou a sustentabilidade como “um dos maiores desafios dos nossos tempos”.
O autarca considerou que são as cidades quem têm dado o exemplo no que às questões da sustentabilidade ambiental, económica ou social diz respeito. É nos núcleos urbanos, onde a população se tende a concentrar, que “a batalha da sustentabilidade será ou vencida ou perdida”, notou Fernando Medina.
“Há algum tempo, sabíamos que os governos nacionais estavam alinhados com estes objectivos. Hoje, para ser franco, tenho dúvidas disso. Vemos países a duvidar que a sustentabilidade seja uma questão decisiva para o nosso futuro. Temos governos nacionais pelo mundo, muitos mais do que queríamos, a duvidar de políticas para a sustentabilidade”, criticou. Perante esta falta de comprometimento, são as cidades que estão “a levantar as suas vozes”, sublinhou.
O prémio é uma iniciativa da Comissão Europeia que distingue as cidades com mais de 100 mil habitantes que apostam em políticas de preservação do ambiente. Lisboa competia com Ghent (Bélgica) e Lahti (Finlândia), que já tinham sido finalistas no ano passado, mas na altura foi Oslo que levou a melhor.
O município terá agora de preparar um plano de actividades, em conjunto com as instituições europeias, para implementar em 2020. Do prémio faz ainda parte um “incentivo financeiro” de 350 mil euros.
O galardão com que Lisboa foi nesta quinta-feira premiado existe desde 2010 e foi já conquistado por Estocolmo (Suécia), Hamburgo (Alemanha), Vitoria-Gasteiz (Espanha), Nantes (França), Copenhaga (Dinamarca), Bristol (Reino Unido), Ljubljana (Eslovénia), Essen (Alemanha), Nijmegen (Holanda) e Oslo (Noruega).
Na mesma cerimónia foi ainda atribuído o prémio europeu Folha Verde 2019 às cidades de Cornellà de Llobregat (Espanha) e Horst aan de Maas (Holanda). Esta distinção é dirigida a cidades que tenham entre 20 mil e 100 mil habitantes. Logo no ano de estreia do prémio, em 2015, Torres Vedras foi um dos municípios distinguidos.