França avança para os "oitavos" com mais uma vitória mínima
Triunfo por 1-0 sobre o Peru, que fica sem hipóteses de seguir em frente no Mundial 2018.
O Mundial 2018 não tem sido o Mundial do “joga bonito”. Os mais cínicos dirão que tem sido o Mundial do “joga razoavelmente”, quando não é o Mundial do “joga horrivelmente mal”, enquanto os mais optimistas dirão que é tudo uma questão de ganhar ritmo até o verdadeiro espectáculo começar nas eliminatórias. A balançar entre o mau e o razoável, a França já tem garantido um lugar nos oitavos-de-final graças a uma vitória por 1-0 em Ecaterimburgo sobre o Peru, irremediavelmente afastado de poder lutar pelo apuramento neste seu regresso à fase final de um Mundial.
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O Mundial 2018 não tem sido o Mundial do “joga bonito”. Os mais cínicos dirão que tem sido o Mundial do “joga razoavelmente”, quando não é o Mundial do “joga horrivelmente mal”, enquanto os mais optimistas dirão que é tudo uma questão de ganhar ritmo até o verdadeiro espectáculo começar nas eliminatórias. A balançar entre o mau e o razoável, a França já tem garantido um lugar nos oitavos-de-final graças a uma vitória por 1-0 em Ecaterimburgo sobre o Peru, irremediavelmente afastado de poder lutar pelo apuramento neste seu regresso à fase final de um Mundial.
Depois de uma vitória por 2-1 sobre a Austrália que colheu mais críticas que elogios, a França melhorou ligeiramente, mas, ainda assim esteve à beira de ser surpreendida por uma selecção sul-americana que se entregou ao jogo sabendo que nova derrota — já tinha perdido com a Dinamarca — os impedia de continuar na corrida por um dos dois primeiros lugares do Grupo C. E, tal como acontecera frente aos nórdicos, André Carrillo e companhia correram, remataram e estiveram perto do golo que manteria viva a sua matemática neste Mundial. Mas o problema do Peru não foi o “joga bonito”. Foi o “defende mal”.
Deschamps terá ouvido as críticas e mudou substancialmente para este segundo jogo, promovendo à titularidade Giroud e Matuidi, e abdicando de Dembéle e Tolisso, num esforço para que houvesse menos gente a jogar fora de posição. E a França pareceu melhor durante largos períodos do jogo, com Pogba mais livre para ter bola e levá-la para a frente, e um bom entendimento entre os homens da frente, Giroud, Griezmann, Matuidi e Mbappé.
Na primeira meia-hora, a França teve duas excelentes bolas de golo — um cabeceamento de Varane que passou ao lado (14’) e um remate de Giroud após combinação com Griezmann que o guarda-redes Gallese defendeu com os joelhos.
Depois do sufoco, o Peru conseguiu reagir e, aos 31’, teve o seu lance de golo, uma jogada rápida com a bola a ir ter a Guerrero, mas o remate do homem que esteve quase a falhar o Mundial não passou por Hugo Lloris.
Depois, a França deu expressão ao seu domínio. Aos 34’, Pogba deixou a bola para Giroud, o avançado do Chelsea atirou para a baliza, com a bola a desviar no seu marcador Alberto Rodriguez (provavelmento um dos centrais mais lentos deste Mundial) e a ficar à mercê de Mbappé — o avançado do PSG só teve de encostar para o seu primeiro golo no Mundial.
A segunda parte foi um jogo diferente. Ricardo Gareca mandou a sua equipa para a frente e os peruanos responderam. Carrillo foi uma fonte constante de problemas no flanco direito do ataque do Peru e conduziu algumas das jogadas mais perigosas, bem ajudado pelo ex-Vitória Advíncula. Entre as várias jogadas perigosas, uma bola de Aquino ao poste num remate de longe aos 50’ quase deu o empate que o Peru precisava, mas o ataque vertiginoso e com critério foi dando lugar ao desespero à medida que o tempo passava e a França não passou por muitos problemas na fase final da partida. Os serviços mínimos foram mais que suficientes para o objectivo mínimo, mas os “bleus” têm obrigação de ser mais que isto,