Avaliação individual: S. Patrício segurou três pontos

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Christian Hartmann/Reuters

Rui Patrício (8)

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Rui Patrício (8)

Voltou a ser São Patrício. Se o protagonismo no Estádio Luzhniki começou por ser de Cristiano Ronaldo, no final da partida Fernando Santos bem pode agradecer ao futuro guarda-redes do Wolverhampton a conquista da primeira vitória no Mundial 2018. Perante as muitas dificuldades de Portugal em conseguir impedir que Marrocos se aproximasse com perigo da sua baliza, Rui Patrício mostrou sempre uma frieza irrepreensível debaixo dos postes e foi insuperável nas alturas sempre que os marroquinos procuraram bombear bolas para a área portuguesa. Na memória ficaram as defesas a remates de Benatia (11’), Ziyach (23’) e Belhanda (55’), mas quando a FIFA fizer uma compilação dos melhores momento do Mundial 2018, é justo que apareça o minuto 57 do Portugal-Marrocos. Na fase mais complicada para a equipa portuguesa na partida, Rui Patrício fez uma defesa fantástica para travar um cabeceamento de Belhanda. Valeu três pontos.
Minutos 90 Defesas 4 Cruzamentos interceptados 2 Golos sofridos 0

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Cédric (5)

Com Ricardo Pereira na sua sombra, a habitual fiabilidade defensiva do jogador do Southampton continua a convencer Fernando Santos, mas Cédric mostrou mais dificuldades do que é habitual. Sem arriscar subir no terreno, foi várias vezes ultrapassado. A exibição foi globalmente positiva, mas esteve longe do seu melhor nível.
Minutos 90 Desarmes 6 Faltas cometidas 3

Pepe (7)

Voltou a ser o “patrão” da defesa Portugal e teve mais trabalho do que estaria à espera. Travou uma luta intensa com Khalid Boutaib, adversário poderoso fisicamente que conhece bem do campeonato turco, e não teve uma exibição isenta de falhas, mas o desvio no minuto 90, já no interior da grande área, ao remate de Hakim Ziyach pode ter valido dois pontos a Portugal.
Minutos 90 Passes 41 Faltas cometidas 0

José Fonte (6)

Não teve uma exibição tão imponente como a de Pepe, mas o experiente defesa cumpriu. Apesar de algumas dificuldades nos lances de bola parada, nos quais os marroquinos conseguiram por vezes superiorizar-se, José Fonte ajudou a segurar a vitória portuguesa.
Minutos 90 Passes 38 Faltas cometidas 2

Raphaël Guerreiro (4)

O lado esquerdo da defesa é, sem dúvida, uma das principais dores de cabeça para Fernando Santos. Em claro mau momento de forma, Raphaë l Guerreiro foi ultrapassado vezes em conta pelos marroquinos e raramente conseguiu ajudar no ataque. Se há dois anos foi um dos trunfos de Portugal no Euro 2016, na Rússia o defesa do Dortmund parece ser um problema.
Minutos 90 Desarmes 4 Faltas cometidas 3

William Carvalho (6)

Exibição eficaz e sóbria do médio português. Sem comprometer, William Carvalho conseguiu impedir alguma da construção de Marrocos pelo corredor central e dar alguma solidez à defesa portuguesa, mesmo quando baixou alguns metros. A condição física parece, no entanto, não ser ainda a ideal.
Minutos 90 Passes 51 Faltas cometidas 2 Desarmes 2

João Moutinho (7)

Portugal teve muitos problemas a meio-campo, mas João Moutinho fez o que lhe competia. Jogando a par de William Carvalho, mas com um raio de acção bem maior, o médio do Mónaco foi dos poucos que procurou esticar o jogo português. Mostrou ainda a sua competência nas bolas paradas ao fazer a assistência para o único golo do encontro, na sequência de um canto curto. No total, são já 24 os passes para golo feitos pelo médio do Mónaco com a camisola de Portugal.
Minutos 89 Faltas sofridas 3 Passes 38

João Mário (4)

Foi a novidade reservada pelo seleccionador para o “onze”, mas não trouxe nada de novo. Com a aposta inicial de Fernando Santos no 4x4x2, João Mário começou descaindo para um dos flancos, mas passou para uma zona central, à frente de Moutinho e William. Porém, nas costas de Ronaldo, o “10” foi passivo em demasia e nunca funcionou. Habitualmente fiável no capítulo do passe, desta vez não foi capaz de ligar o jogo a partir de trás.
Minutos 70 Faltas sofridas 2 Passes 27

Bernardo Silva (4)

Depois de Cristiano Ronaldo, o jogador do Manchester City é provavelmente o mais temido pelos rivais de Portugal, mas Bernardo Silva ainda não apareceu neste Mundial. Após perder o Euro 2016 por lesão, o extremo tem tido uma passagem demasiado discreta pela Rússia. Ontem, mesmo quando tentou disparar rumo ao último terço com a bola controlada, foi facilmente anulado por Hakimi, Ziyach e Boussoufa.
Minutos 59 Faltas sofridas 1 Desarmes 4 Passes 27

Gonçalo Guedes (5)

Num jogo que se previa de combate, a hipótese de André Silva surgir no “onze” ao lado de Cristiano Ronaldo parecia a mais lógica, mas Fernando Santos manteve a aposta no jogador contratualmente ligado ao Paris Saint-Germain. Com a mudança táctica após o golo português, jogou praticamente todo o encontro no lado esquerdo, mas Gonçalo Guedes criou poucos desequilíbrios e desperdiçou uma oportunidade soberana de golo no final da primeira parte. Valeram o esforço e a tenacidade nas missões de cobertura defensiva.
Minutos 90 Faltas sofridas 3 Passes 19

Cristiano Ronaldo (8)

A FIFA atribui-lhe o prémio de melhor em campo e o capitão português reparte com Rui Patrício o protagonismo do jogo. Depois de ter realizado uma exibição quase perfeita em Sochi, onde fez três golos em quatro remates no duelo com a Espanha, Ronaldo parecia ir pelo mesmo caminho de sucesso em Moscovo, no mesmo estádio onde em 2008 conquistou com o Manchester United a sua primeira Liga dos Campeões. Desta vez, no entanto, a eficácia de CR7 não foi a mesma. Nada que apague, porém, mais uma exibição condizente com o estatuto de melhor do Mundo.
Minutos 90 Faltas sofridas 5 Passes 24 Remates 6

Gelson Martins (5)

Foi a primeira aposta de Fernando Santos, com o intuito de explorar o cada vez maior adiantamento da linha defensiva marroquina, mas pareceu entrar demasiado nervoso. Mostrou a espaços toda a sua técnica, mas também complicou em zonas onde não se pode complicar.
Minutos 31 Passes 9 Faltas sofridas 1

Bruno Fernandes (5)

Titular contra a Espanha, o médio entrou a 20 minutos do fim, começando no lado esquerdo e juntando-se pouco depois a Ronaldo no corredor central. Não resolveu os problemas de Portugal, mas com a entrada de Bruno Fernandes viu-se uma equipa a procurar ter mais bola, ainda que com pouco critério.
Minutos 20 Remates 2 Passes 12 Faltas sofridas 0

Adrien Silva (-)

Entrou aos 89 minutos, quando era preciso algum sangue frio e “pulmão”. Ainda foi a tempo de ver um cartão amarelo, por travar um ataque perigoso dos marroquinos.
Minutos 1 Passes 5 Faltas cometidas 1