Os eucaliptos vão dar lugar aos castanheiros e aos carvalhos no Picoto

O monte sobranceiro à cidade vai ter mais uma zona revestida por floresta autóctone, graças a um investimento de 195 mil euros, aprovado e apoiado em 85% pelo Fundo Ambiental.

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ADRIANO MIRANDA

Dotado de um miradouro com uma visão panorâmica sobre a malha urbana de Braga, o Picoto vai ser coberto de mais árvores nativas. Espécies como o eucalipto ou as invasoras acácia e mimosa vão ser removidas para abrir espaço aos castanheiros, aos carvalhos, aos sobreiros, mas também à azinheira e ao medronheiro, num processo que se estende por uma área a rondar os três hectares e que tem de estar concluído até Novembro próximo, avançou ao PÚBLICO o vereador da Câmara Municipal de Braga com o pelouro do Ambiente, Altino Bessa.

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Dotado de um miradouro com uma visão panorâmica sobre a malha urbana de Braga, o Picoto vai ser coberto de mais árvores nativas. Espécies como o eucalipto ou as invasoras acácia e mimosa vão ser removidas para abrir espaço aos castanheiros, aos carvalhos, aos sobreiros, mas também à azinheira e ao medronheiro, num processo que se estende por uma área a rondar os três hectares e que tem de estar concluído até Novembro próximo, avançou ao PÚBLICO o vereador da Câmara Municipal de Braga com o pelouro do Ambiente, Altino Bessa.

O projecto de arborização do município contempla um investimento ligeiramente superior a 195.000, comparticipado em 166.000 pelo Fundo Ambiental, entidade que aprovou a candidatura e, para o vereador, é mais um passo para criar, no Picoto, o maior parque urbano de floresta autóctone do país.

Convencido de que o veredicto do Fundo Ambiental é a “prova de que a estratégia está correcta”, Altino Bessa lembrou o esforço desenvolvido, ao longo dos últimos cinco anos, para substituir a vegetação invasora por espécies autóctones em seis a oito hectares e tornar o monte num “pulmão para a cidade”. “As árvores foram compradas pelo município, mas também doadas por várias empresas e plantadas por cidadãos, inclusive grupos de jovens e de escuteiros e milhares de alunos das escolas”, recordou.

As novas espécies enquadram-se na Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas, em vigor desde 2010, mas também na estratégia traçada a nível municipal, que envolveu, até agora, acções de monitorização da qualidade da água, do ar e do ruído, plantações noutros espaços e mais acções de sensibilização junto das escolas, como as que estão inseridas no Projecto Rios, direccionado para a conservação das zonas fluviais, salientou ainda o vereador.
 
Fomentar o lazer com parque de diversões e percursos pedestres
A requalificação do Picoto deriva de uma política ambiental, mas também da vontade de o tornar num espaço de lazer para a população. O parque de diversões previsto para o local está em construção e deve abrir ainda no Verão, embora com algum atraso relativamente ao prazo inicialmente agendado para a conclusão – o mês de Junho, referiu Altino Bessa.

Este parque, recorde-se, vai-se tornar realidade após o terceiro concurso público – a Câmara adjudicou a obra, em Março, por 200.000 euros -, depois das empresas que venceram os dois primeiros concursos terem desistido do processo. Apesar dos contratempos, o vereador, também responsável pelo pelouro do turismo, crê que o parque vai ser um “produto turístico atractivo, capaz de levar mais gente a Braga.

O Picoto vai ser ainda contemplado com algumas mesas para piqueniques e com uma rede de percursos em terra, que vão acolher caminhadas e passeios de bicicleta e também complementar a rede de percursos de alcatrão já ao serviço da população, adiantou o membro do executivo presidido por Ricardo Rio.