Rússia–Arábia Saudita: “O maior acontecimento das vidas dos russos”
Nunca uma selecção anfitriã perdeu a partida inaugural de um Campeonato do Mundo.
Rússia e Arábia Saudita fazem as honras e dão o pontapé de saída para o Mundial de 2018, nesta quinta-feira. O jogo, que diz respeito às contas do Grupo A, tem início marcado para as 16h em Portugal continental (18h locais) no estádio Lujniki, em Moscovo, e vai pôr frente a frente os anfitriões e a primeira selecção de uma confederação asiática a participar na abertura de um Campeonato do Mundo.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Rússia e Arábia Saudita fazem as honras e dão o pontapé de saída para o Mundial de 2018, nesta quinta-feira. O jogo, que diz respeito às contas do Grupo A, tem início marcado para as 16h em Portugal continental (18h locais) no estádio Lujniki, em Moscovo, e vai pôr frente a frente os anfitriões e a primeira selecção de uma confederação asiática a participar na abertura de um Campeonato do Mundo.
Nenhuma das equipas se pode gabar do seu momento de forma. A Rússia não vence há sete jogos, desde que em Outubro bateu a Coreia do Sul por 4-2. Após este jogo, registou três empates (Irão, Espanha e Turquia) e quatro derrotas (Argentina, Brasil, França e Áustria). Já os "Falcões Verdes", nome pelo qual a selecção da Arábia Saudita também é conhecida, chegam a Moscovo após três derrotas seguidas (frente a Itália, Peru e à campeã mundial em título, a Alemanha).
Na conferência de imprensa de antevisão, o médio Aleksandr Samedov vincou a importância que o jogo tem para a nação anfitriã: “Temos noção que vai ser o maior acontecimento das nossas vidas. Das vidas de cada russo, provavelmente”. Samedov, ao perspectivar o encontro, mostrou que conhece o adversário: “Sabemos que gostam de ter a bola e são uma equipa técnica”.
O seleccionador russo, Stanislav Cherchesov, tem noção da pressão que paira sobre a sua equipa: “Nós estamos sob escrutínio e devemos reagir a isso de uma forma natural. Sinto-me confortável”, garantiu, mostrando não ter dúvidas sobre a equipa inicial. “Sabemos quem vai jogar. Existia uma ou duas dúvidas, mas o treino de hoje [ontem] deu a respostas”, disse à FIFA TV.
A Arábia Saudita, pela voz do seu capitão Osama Hawsawi, mostrou-se satisfeita por participar “na abertura do evento mais importante do mundo”. “Em jogos amigáveis, mostrámos um nível alto, com o confronto contra a Alemanha a evidenciar isso, e a equipa Saudita é uma forte competidora na Ásia”, fez notar Hawsawi, que quer ver a sua selecção a ultrapassar a fase de grupos.
O espanhol Juan Antonio Pizzi, seleccionador da Arábia Saudita desde Novembro de 2017, partilha da visão do seu jogador e aproveitou para deixar a promessa de uma equipa lutadora: “Queremos disputar cada bola, abordar cada situação no campo, tentar ter um estilo vencedor, ser melhores que a Rússia física, táctica e tecnicamente".
A equipa que sair vitoriosa na quinta-feira termina uma maré de jogos sem vencer num Mundial. A última vitória da Rússia nesta competição foi em 2002, na Coreia do Sul, quando venceu a Tunísia por 2-0. Desde então, só participou no Mundial de 2014, no Brasil, onde totalizou dois empates (Coreia do Sul e Argélia) e uma derrota (Bélgica). Caso vençam, os russos mantêm viva a tradição: nenhuma selecção anfitriã perdeu a partida inaugural de um Mundial.
A última vitória da Arábia Saudita num Mundial, por seu lado, coincide com a sua primeira participação, quando em 1994 bateu a Bélgica com um golo sem resposta. Depois dessa competição, que se realizou nos Estados Unidos, os "Falcões Verdes" participaram no França 1998 (um empate e duas derrotas), no Coreia do Sul/Japão 2002 (três derrotas) e no Alemanha 2006 (um empate e duas derrotas).