Trump vs Macron: a luta do passou-bem continua
Os dois chefes de Estado continuam a usar os momentos de cumprimento como uma aparente guerra de poder.
Se há coisa que se pode esperar de um encontro entre Donald Trump e Emmanuel Macron é um passou-bem excepcionalmente longo em frente às câmaras. O mais recente episódio na subtil luta de poder entre os dois chefes de estado aconteceu na passada sexta-feira, durante a cimeira do G7.
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Se há coisa que se pode esperar de um encontro entre Donald Trump e Emmanuel Macron é um passou-bem excepcionalmente longo em frente às câmaras. O mais recente episódio na subtil luta de poder entre os dois chefes de estado aconteceu na passada sexta-feira, durante a cimeira do G7.
Os dois líderes estiveram juntos para uma reunião bilateral e cumprimentaram-se com o longo passou-bem do costume. Macron terá apertado a mão do Presidente dos Estados Unidos com tanta força que deixou uma marca branca visível na mão deste.
Na primeira vez que Trump e Macron se encontraram – poucas semanas depois das eleições francesas –, em Maio do ano passado, o aperto de mão entre os dois chamou a atenção dos media e redes socias. O Presidente francês apertou a mão de Trump com bastante força, sem largar, mesmo depois do seu homónimo o fazer, saíndo vitorioso, de acordo com a opinião pública. Mais tarde, veio admitir à comunicação social que o gesto "não foi inocente".
“É preciso mostrar que não faremos pequenas concessões, mesmo que simbólicas, mas também não é preciso publicitar isto em demasia”, disse então Macron ao Journal du Dimanche. É que antes de se encontrar com Macron, Trump tinha já ganho fama de tentar dominar os apertos de mão, como aconteceu com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, cuja mão puxou para si. Por outro lado, num encontro com Angela Merkle, ignorou o pedido de passou-bem da chanceler.
Quando Trump e Macron se voltaram a encontrar, em Paris, durante as celebrações do dia da Bastilha, o encontro foi mais equilibrado, se bem que ambos mostraram relutância em largar a mão um do outro. No final da visita, voltaram a apertar as mãos, desta vez durante cerca de 30 segundos – não largando mesmo enquanto Trump se despedia ao mesmo tempo da primeira-dama, Brigitte Macron.
Mais recentemente, durante a visita dos Macron aos Estados Unidos, no final de Abril, os dois líderes voltaram a protagonizar um momento bizarro de passou-bem. Deram as mãos numa espécie de braço de ferro no ar, enquanto puxavam um pelo outro e, no final, Trump deu um beijo no ar a Macron.