"Os nazis não merecem banho". Homem rouba roupa a dirigente da AfD

Alexander Gauland, que recentemente reduziu os crimes do nazismo a uma mera "caganita de pássaro" na história da Alemanha, viu as suas roupas serem levadas enquanto nadava num lago.

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LUSA/CARSTEN KOALL

Alexander Gauland, um dirigente do partido alemão de extrema-direita AfD (Alternativa para a Alemanha), viu as suas roupas serem roubadas enquanto se banhava num lago em Potsdam, perto de Berlim. "Os nazis não merecem banho”, gritou o indivíduo que levou as roupas, forçando o político a regressar a casa em calções de banho.

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Alexander Gauland, um dirigente do partido alemão de extrema-direita AfD (Alternativa para a Alemanha), viu as suas roupas serem roubadas enquanto se banhava num lago em Potsdam, perto de Berlim. "Os nazis não merecem banho”, gritou o indivíduo que levou as roupas, forçando o político a regressar a casa em calções de banho.

A fotografia do dirigente da AfD a ser acompanhado pela polícia tem sido amplamente partilhada através das redes sociais.

O autor do roubo, que aconteceu na terça-feira, não foi interceptado pela polícia, que foi chamada por outros banhistas e não pelo deputado alemão. Como medida de prevenção, as autoridades recomendaram a Gauland que trocasse a fechadura da porta de casa, já que as chaves estavam no bolso das calças roubadas.

Gauland, porta-voz e líder da bancada parlamentar da AfD (o partido de extrema-direita chegou pela primeira vez ao Bundestag em 2017), tem desvalorizado repetidamente o passado nazi da Alemanha. “Temos o direito de estar orgulhosos das conquistas dos soldados alemães nas duas guerras mundiais”, disse em Setembro, citado pelo jornal britânico The Guardian. Na semana passada, declarou que "Hitler e os nacional-socialistas são apenas uma caganita de pássaro nos bem-sucedidos mil anos da história da Alemanha", palavras que foram repudiadas pela generalidade da classe política alemã.

Anteriormente, Gauland tinha defendido a expulsão de todos os muçulmanos do país, incluindo os que são cidadãos. "Nem toda a gente que tem um passaporte alemão é alemão", disse. Tinha feito a mesma sugestão em Agosto de 2017, em relação à então ministra Ayadan Ozoguz, alemã de ascendência turca e vice-presidente do SPD. Essa ataque motivou uma investigação para averiguar se havia crime de incitamento ao ódio mas o caso foi arquivado em Maio.