Milhares de trabalhadores participam hoje na manifestação nacional da CGTP
Protestos contra a política laboral e em defesa da valorização do trabalho e dos trabalhadores.
Milhares de trabalhadores de todo o país deslocam-se neste sábado a Lisboa para participar na manifestação nacional da CGTP contra a política laboral e em defesa da valorização do trabalho e dos trabalhadores.
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Milhares de trabalhadores de todo o país deslocam-se neste sábado a Lisboa para participar na manifestação nacional da CGTP contra a política laboral e em defesa da valorização do trabalho e dos trabalhadores.
Sob o lema "Lutar Pelos Direitos, Valorizar Os Trabalhadores!", os manifestantes vão desfilar, ao início da tarde, entre o Campo Pequeno e o Marquês de Pombal.
"Garantidamente vamos ter uma grande manifestação em Lisboa, que poderá ser o ponto de partida para a intensificação da acção reivindicativa nos locais de trabalho", disse à agência Lusa João Torres, da direcção da Intersindical.
Segundo o sindicalista, estão contratados mais de 150 autocarros e quatro comboios com partida do Porto para transportar trabalhadores até Lisboa.
A manifestação tinha sido convocada para defender a necessidade de valorização do trabalho e dos trabalhadores, através de uma melhor distribuição da riqueza e da melhoria das condições de vida e de trabalho, mas, com o recente acordo de concertação social para a revisão do Código do Trabalho, a CGTP considera que existem agora motivos acrescidos para o protesto.
A CGTP defende que os baixos salários, a precariedade, a desregulamentação dos horários de trabalho e o desrespeito pela contratação colectiva só terminarão devido à luta dos trabalhadores.
Na segunda-feira, o Governo aprovou a proposta de lei para alterar o Código de Trabalho, nomeadamente reduzir o limite dos contratos a prazo e aumentar a duração do período experimental, na sequência do acordo de concertação social de 30 de Maio, a que a CGTP não aderiu por o considerar "contrário aos interesses e direitos dos trabalhadores".
O aumento geral dos salários, a fixação do Salário mínimo nos 650 euros em Janeiro de 2019, o fim da caducidade das convenções colectivas "e de outras normas gravosas da legislação laboral", a reposição do princípio do tratamento mais favorável, as 35 horas de trabalho semanal para todos, o fim da precariedade, o aumento das pensões e a reposição dos 65 anos como idade legal da reforma são as principais reivindicações da Intersindical.
Estes serão os principais temas da intervenção de encerramento da manifestação, que o secretário-geral da Inter, Arménio Carlos, fará no Marquês de Pombal, onde deverá anunciar novas formas de luta.