Batida + Luaty Beirão = IKOQWE
O novo projecto que junta em palco as palavras de Ikonoklasta (Luaty Beirão) e os instrumentais de Pedro Coquenão (Batida) estreia-se em palco no festival Lisboa Mistura.
IKOQWE é uma contracção. Uma contracção de dois nomes: Ikonoklasta (uma das designações de palco de Luaty Beirão; outra poderia ser Brigadeiro) e Coquenão (o apelido de Pedro, homem a quem o mundo da música chama Batida). Luaty, aliás Ikonoklasta, é também conhecido por outros cognomes, lembra ao PÚBLICO Coquenão. Como estes: "ex-arruaceiro" e "líder da oposição".
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IKOQWE é uma contracção. Uma contracção de dois nomes: Ikonoklasta (uma das designações de palco de Luaty Beirão; outra poderia ser Brigadeiro) e Coquenão (o apelido de Pedro, homem a quem o mundo da música chama Batida). Luaty, aliás Ikonoklasta, é também conhecido por outros cognomes, lembra ao PÚBLICO Coquenão. Como estes: "ex-arruaceiro" e "líder da oposição".
Não há muito que se possa revelar sobre este novo projecto que se apresenta pela primeira vez este sábado, às 22h, na Ribeira das Naus, integrando o cartaz do festival Lisboa Mistura. Porque, diz Coquenão, "com IKOQWE a regra é evitar entrevistas": "Temos bué discurso para apresentar no palco." Sem abrir demasiado o jogo, Luaty acrescenta que a vontade que deu origem a esta nova associação entre os dois "é a mesma de sempre": "Comunicar o que consideramos essencial, amiúde urgente, através de uma das linguagens mais bonitas que existem: a arte."
A presença de Ikonoklasta nos discos e nos espectáculos de Batida é uma constante desde a hora inicial. Aquela hora em que Pedro Coquenão foi vasculhar nos arquivos das gravações realizadas pela Valentim de Carvalho em Angola nas décadas de 60 e 70, para daí extrair as bases para uma música tão vital que não poderia deixar de ser política.
"No nosso longo percurso de cumplicidade", diz Luaty, "tantas vezes reciclamos ideias e conceitos, juntando-lhes uma pitada de gindungo e tirando-lhes uma pitada de sal que, no final, não estou em posição de avaliar se há mais novidade do que mesmice" em IKOQWE. É o que começaremos a descobrir agora, certamente numa combinação de língua afiada e ritmos agitados.
Além de IKOQWE, o Lisboa Mistura, que decorre desta sexta-feira até domingo, sempre com entrada gratuita, propõe na Ribeira das Naus (após um aquecimento no B.Leza na quinta-feira) oficinas, actuações de DJ (Cigarra e DJ Johnny) e concertos de Nice Groove, Da Cruz e Metá Metá (sexta-feira), They Must Be Crazy e Orlando Julius & the Heliocentrics (sábado), e Modo Portátil, OPA, Nice Groove e Bitori (domingo).