No Dia Mundial dos Oceanos, vamos dizer não ao plástico?
Todos os anos, oito milhões de toneladas de plástico acabam nos oceanos, lembra a ONU. E 80% da poluição dos oceanos provém das pessoas que estão em terra. "O objectivo do dia é informar o público do impacto das acções humanas no oceano"
Prevenir a poluição com plástico e encorajar soluções para um mar mais saudável é o lema do Dia Mundial dos Oceanos, que na sexta-feira, 8 de Junho, se assinala com iniciativas por todo o país e em todo o mundo. Três dias depois do Dia Mundial do Ambiente, este ano também dedicado à luta contra a poluição pelo plástico, o Dia dos Oceanos celebra o mesmo tema, com as Nações Unidas (ONU) a lembrarem que 80% da poluição dos oceanos provém das pessoas que estão em terra.
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Prevenir a poluição com plástico e encorajar soluções para um mar mais saudável é o lema do Dia Mundial dos Oceanos, que na sexta-feira, 8 de Junho, se assinala com iniciativas por todo o país e em todo o mundo. Três dias depois do Dia Mundial do Ambiente, este ano também dedicado à luta contra a poluição pelo plástico, o Dia dos Oceanos celebra o mesmo tema, com as Nações Unidas (ONU) a lembrarem que 80% da poluição dos oceanos provém das pessoas que estão em terra.
Na sua página oficial, a ONU lembra também que oito milhões de toneladas de plástico acabam nos oceanos em cada ano, prejudicando a vida selvagem mas igualmente a pesca ou o turismo. E lembra ainda que a poluição por plásticos custa a vida a um milhão de aves marinhas e a 100 mil mamíferos, também em cada ano. É também em cada ano que o plástico causa oito mil milhões de dólares (6,8 mil milhões de euros) de danos nos ecossistemas marinhos.
Para sensibilizar a população mundial para o problema estão programadas centenas de acções por todo o mundo, com várias delas também em Portugal, uma precisamente com o tema "Oceanos — Sensibilizar para agir, proteger para valorizar". Trata-se de uma conferência em Peniche promovida pelo Instituto Politécnico de Leiria, pela Comissão Nacional da UNESCO e pelo Comité Português para a Comissão Oceanográfica Intergovernamental, com a presença, entre outros do ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.
Para assinalar o dia, criado em 1992 durante a Cimeira da Terra, no Rio de Janeiro, e celebrado sempre a 8 de Junho, há palestras e conferências. Na última terça-feira, a ONU falava de um desafio com uma amplitude assustadora e "desencorajante": reverter o consumo mundial de 5000 milhões de sacos de plástico por ano, com apenas uma ínfima parte reciclada. São quase dez milhões de sacos por minuto, muitos deles a cobrir os mangais do Vietname, a matar animais marinhos — como foi o caso de uma baleia, há poucos dias, que se tornou viral —, a acabar com as praias paradisíacas das ilhas indonésias.
Segundo a organização não-governamental Ocean Conservancy, só cinco países asiáticos — China, Indonésia, Filipinas, Tailândia e Vietname — lançam, anualmente, mais de quatro milhões de toneladas de plástico nos oceanos. E se nada for feito, alerta, até 2025 serão acumuladas nos oceanos 250 milhões de toneladas de resíduos plásticos.
"Celebramos o Dia Mundial dos Oceanos para lembrar a todos o importante papel que os oceanos têm no dia-a-dia. Eles são os pulmões do planeta, fornecendo a maior parte do oxigénio que respiramos", dizem as Nações Unidas. E acrescentam: "O objectivo do dia é informar o público do impacto das acções humanas no oceano, desenvolver um movimento mundial de cidadãos pelos oceanos, e mobilizar e unir a população mundial para um projecto de utilização sustentável dos mares do mundo."