Samba continua em grande nos 400m barreiras
Meeting de atletismo de Oslo prejudicado pelo mau tempo.
Os Bislett Games, nome do tradicional meeting norueguês integrado na Liga de Diamante do atletismo, nesta quinta-feira realizado em Oslo, foram prejudicados pelo mau tempo, com vento e chuva, inclusivé, a ajudar a colocar o nível de resultados abaixo do esperado em algumas provas. Mas houve quem não se importasse com isso. E assim continuou o recital do corredor de 400m barreiras do Qatar, Abderrahman Samba.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Os Bislett Games, nome do tradicional meeting norueguês integrado na Liga de Diamante do atletismo, nesta quinta-feira realizado em Oslo, foram prejudicados pelo mau tempo, com vento e chuva, inclusivé, a ajudar a colocar o nível de resultados abaixo do esperado em algumas provas. Mas houve quem não se importasse com isso. E assim continuou o recital do corredor de 400m barreiras do Qatar, Abderrahman Samba.
Pouco dias depois de ter colocado o recorde asiático em 47,48s, no último dia de Maio, em Roma, Samba voltou a ganhar e outra vez com um tempo excepcional. Tal como em Itália, teve de novo no campeão mundial norueguês Karsten Warholm uma lebre involuntária, pois este partiu na pista sete e Samba na cinco, podendo tê-lo como referência adiante de si. Warholm voltou a fazer uma prova corajosa, forçando sempre, mas Samba nunca se deixou atrasar demasiado. E, na passagem da última barreira, tomou finalmente o comando, que manteve até à meta, usando uma frequência de passada nos metros finais totalmente invulgar, o que lhe valeu parar os cronómetros a 47,60s. Desta feita, Warholm (47,82s então) ficou bem mais longe do que em Roma, com 48,22s.
Na velocidade, a costa-marfinense Murielle Ahouré dominou mais uma vez o hectómetro, com 10,91s, mas teve forte luta por parte da britânica Dina Asher-Smith, que ao tardar mais um centésimo, apenas, bateu largamente o seu recorde nacional, colocado há cerca de três anos em 10,99s.
Nos 200m masculinos, o campeão mundial turco Ramil Guliyev continuou a mostrar subida de forma, como em Turku (Finlândia) há dois dias, e obteve claro triunfo com o seu primeiro resultado do ano abaixo dos 20 segundos (19,90s), quedando-se a dois centésimos do seu recorde pessoal e confirmando-se o homem a bater na distância para os Europeus de Berlim, em Agosto.
No início do meeting, a bielorrussa Tatyana Kholodovich, campeã europeia do dardo, despachou 67,47m, um novo recorde nacional e terceira melhor marca do ano, adiante da chinesa Lu Huihui (65,11m), que recentemente tinha batido o recorde asiático na Alemanha, com 67,69m.
Mas houve outros lançadores a brilharem. No peso, o neo-zelandês Tom Walsh, campeão mundial do ano passado, voltou a prevalecer no duelo de gigantes com o americano Ryan Crouser, campeão olímpico no Rio, com 22,29m contra 22,21m - e este promete ser um embate para gerar frutos ao longo da temporada.
Face a um fabuloso plantel no disco masculino, emergiu vitorioso o lituano Andrius Gudzius, com 69,04m, confirmando que para ele a barreira dos 70 metros estará a cair de madura.
Em novo encontro no salto em altura, o qatari Mutaz Barshim teve vantagem (2,36m contra 21,33m) face ao russo Danil Lysenko, que o havia vencido nos Mundiais de pista coberta, em Março. E a americana Sandi Morris continua em forma, dominando a vara feminina com 4,81m.