Foi através da conta oficial do Twitter que, já na noite desta terça-feira, o Al-Hilal oficializou a contratação que há dias se anunciava: Jorge Jesus vai mesmo mudar-se para a Arábia Saudita e viver a primeira experiência profissional fora de Portugal, desde que iniciou a carreira de treinador, no longínquo ano de 1989. Horas depois, o Sporting também anunciou formalmente a rescisão de contrato com Jorge Jesus.

Foi através da conta oficial do Twitter que, já na noite desta terça-feira, o Al-Hilal oficializou a contratação que há dias se anunciava: Jorge Jesus vai mesmo mudar-se para a Arábia Saudita e viver a primeira experiência profissional fora de Portugal, desde que iniciou a carreira de treinador, no longínquo ano de 1989. Horas depois, o Sporting também anunciou formalmente a rescisão de contrato com Jorge Jesus.

O adeus ao Sporting começou a desenhar-se depois das agressões na Academia de Alcochete, que cavaram um fosso intransponível na relação entre a direcção do clube e o treinador que, inicialmente, era visto como peça fundamental no objectivo do clube de regressar aos títulos nacionais. A rescisão unilateral chegou a estar em cima da mesa, mas as partes acabaram por alcançar um entendimento para uma desvinculação por mútuo acordo.

Num contexto de maior normalidade, em que tivesse mais tempo para decidir o futuro, seria pouco provável que Jorge Jesus optasse por um desafio que é aliciante do ponto de vista financeiro, mas que em termos de exigência está a milhas do que exige para a sua carreira. À imagem do que aconteceu, de resto, quando deixou o Benfica, rejeitando propostas para treinar em Ligas pouco competitivas.

Aos 63 anos, porém, o técnico que se iniciou no Amora e chegou aos títulos duas décadas depois, no Estádio da Luz, entendeu aceitar uma proposta milionária vinda das Arábias, que rondará os sete milhões de euros por época — verba que poderá subir em função dos objectivos desportivos definidos.

“Welcome, Jorge Jesus”, escreveu o clube na conta de Twitter, publicando também um vídeo em que o presidente do Al-Hilal, Sami Al-Jaber, reforça as boas-vindas ao treinador português, que assinou um contrato válido por uma temporada e com possibilidade de renovação por mais uma.

No Al-Hilal, sediado em Riade, Jorge Jesus encontrará uma estrutura ganhadora — o clube é não só bicampeão em título, como é o mais vitorioso do país, com 15 campeonatos no currículo. Entre as maiores conquistas internacionais, destacam-se duas Ligas dos Campeões da Ásia (1991 e 2000).

Num plantel maioritariamente constituído por jogadores sauditas, Jesus contará, à partida, com o médio brasileiro Carlos Eduardo, que já passou pelo FC Porto e representa o Al-Hilal há três temporadas. O ex-técnico do Sporting será o terceiro português a orientar o clube, depois de Artur Jorge ter desbravado caminho, em 2001-02, e de José Couceiro lhe ter seguido as pisadas, em 2006-07. No cargo, Jesus sucede agora ao argentino Ramón Díaz, que, após duas temporadas em Riade, se mudou para o rival Al-Ittihad, de Jeddah.