Megaprojecto urbanístico para Entrecampos vai ser discutido em sessão pública

É um plano que prevê dotar os terrenos da antiga Feira Popular - e não só - de casas, comércio, espaços verdes, e, sobretudo, escritórios. A sessão acontece na quinta-feira e quem se quiser pronunciar poderá inscrever-se a partir de segunda-feira.

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A nova cidade que a câmara está a projectar para Entrecampos tem por base uma proposta do arquitecto Souto de Moura daniel rocha

A grande operação urbanística que está prevista para a zona de Entrecampos, em Lisboa, vai estar em discussão numa audição pública que acontece na próxima quinta-feira, dia 7 de Junho, entre as 17h30 e as 20h30, na Assembleia Municipal de Lisboa.

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A grande operação urbanística que está prevista para a zona de Entrecampos, em Lisboa, vai estar em discussão numa audição pública que acontece na próxima quinta-feira, dia 7 de Junho, entre as 17h30 e as 20h30, na Assembleia Municipal de Lisboa.

Depois de os deputados municipais terem defendido que o plano para aqueles terrenos deveria ser mais debatido e escrutinado, a assembleia municipal aprovou, na sessão plenária desta semana, a realização de uma sessão pública sobre o megaprojecto, com tempo para os munícipes poderem apresentar as suas sugestões. 

“Dessa audição poderão resultar recomendações à câmara sobre a matéria em causa, que deverão ser incluídas nos relatórios das consultas públicas que se encontram a decorrer” sobre o projecto, refere a proposta. 

Classificada pelo autarca da capital, Fernando Medina, como “uma das maiores operações urbanísticas que a cidade conheceu nas últimas décadas”, a revitalização de 25 hectares em redor da antiga Feira Popular de Lisboa prevê a construção de casas, comércio, espaços verdes, equipamentos sociais e, sobretudo, escritórios. 

Em termos de habitação, o plano prevê a construção de 700 casas de renda acessível, sendo que 515 serão construídas pelo município. Nestes terrenos, serão construídos ainda 279 fogos de habitação, que serão postos em regime de venda livre. 

Mas a grande marca do projecto será a instalação de um “centro de escritórios de alta qualidade”, que segundo as contas de Medina deverá criar 15 mil empregos. Para pôr de pé todas estas infra-estruturas serão necessários cerca de 800 milhões de euros, dos quais, pelo menos, 100 milhões serão responsabilidade da autarquia. 

O formato da sessão pública prevê dez minutos para a apresentação do projecto pela câmara de Lisboa e a intervenção de 20 pessoas do público (cinco minutos para cada). Cada grupo municipal terá também cinco minutos para se pronunciar, sendo que, no final, estão reservados 20 minutos para as explicações do município às questões que forem levantadas durante a audição. 

Para participar, os munícipes podem inscrever-se a partir de segunda-feira no site da assembleia municipal ou podem fazê-lo presencialmente no dia da sessão.