Del Potro, o acelerador de reformas
João Sousa segue em frente no torneio de pares de Roland Garros.
Julien Benneteau perdeu, mas saiu do court Philippe Chatrier sob uma enorme ovação de pé. A razão? Foi o último encontro do tenista francês de 36 anos em Roland Garros. O responsável pela reforma antecipada foi Juan Martin Del Potro que, dois dias antes, tinha encerrado a carreira de singulares de outro francês, Nicolas Mahut, e já em 2012 tinha vencido o último encontro da carreira de Andy Roddick.
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Julien Benneteau perdeu, mas saiu do court Philippe Chatrier sob uma enorme ovação de pé. A razão? Foi o último encontro do tenista francês de 36 anos em Roland Garros. O responsável pela reforma antecipada foi Juan Martin Del Potro que, dois dias antes, tinha encerrado a carreira de singulares de outro francês, Nicolas Mahut, e já em 2012 tinha vencido o último encontro da carreira de Andy Roddick.
“Foi uma honra jogar aqui durante 18 anos, neste estádio, não sabem as emoções que vivi graças a vocês. Nunca as esquecerei”, frisou um emocionado Benneteau, na sua 15.ª presença em Roland Garros, onde sobressaem os quartos-de-final que atingiu em 2006.
Ao salvar um match-point, Benny sorriu. Um ponto mais tarde, e depois de um abraço sentido do “gigante” de Tandil, as emoções tomaram conta do jogador.
Com a vitória, por 6-4, 6-3 e 6-2, Del Potro somou a 25.ª vitória em 2018, contra seis derrotas (a terceira melhor percentagem de sucesso no circuito, só atrás de Rafael Nadal e Roger Federer) e acompanha Rafael Nadal, Dominic Thiem e Kevin Anderson na terceira eliminatória do quadro masculino.
Benneteau despede-se do Grand Slam francês num respeitável 62.º posto do ranking e com uma carreira invejável, marcada por 13 presenças em eliminatórias da Taça Davis – tendo participado na campanha de 2017 que levou a França ao título –, 10 épocas terminadas no top 100 (foi 25.º no final de 2014), 12 títulos conquistados em pares, entre os quais o de Roland Garros, em 2014 (foi 5.º no ranking da variante nesse ano) e medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de 2012, ao lado de Richard Gasquet. Menos memorável é o registo do francês em finais de singulares do ATP World Tour: 10 finais e zero títulos.
Muitos se recordam da final do torneio de Kuala Lumpur, em 2013, em que Benneteau dispôs de um match-point, negado por um soberbo passing shot de direita, na passada, de João Sousa, que viria a ganhar aí o primeiro dos seus três títulos no ATP World Tour.
Sousa, que passou nesta quinta-feira aos oitavos-de-final de pares, ao lado do argentino Leonardo Mayer, depois de vencerem o russo Evgeny Donskoy e o mexicano Miguel Angel Reyes-Varela, por 6-2, 6-4. Seguem-se os especialistas espanhóis Feliciano López e Marc López, a 12.ª melhor dupla no ranking de 2018.
No torneio feminino, seguiram para a terceira ronda Simona Halep, Garbiñe Muguruza, Maria Sharapova e Serena Williams, que recuperou de um set e um break de desvantagem para ultrapassar a australiana de 22 anos, Ashleigh Barty (17.ª), por 3-6, 6-3 e 6-4.