Presidenciais na Colômbia: Gustavo Petro, um ex-guerrilheiro que quer combater a oligarquia “feudal”

Candidato de extrema-esquerda à presidência aponta gatilho à elite e promete colocar os mais pobres no centro do mapa colombiano.

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O candidato à Presidência Gustavo Petro LEONARDO MUNOZ / EPA

“Fazer política no século XXI é uma escolha entre políticas de vida ou políticas de morte. Eu represento as políticas de vida”. Foi desta forma, numa entrevista à Reuters em Abril, que o candidato à presidência colombiana Gustavo Francisco Petro Urrego resumiu o seu programa eleitoral e tem sido com frases inspiradoras como esta que tem criado impacto junto das falanges mais jovens e mais desfavorecidas da nação colombiana.

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“Fazer política no século XXI é uma escolha entre políticas de vida ou políticas de morte. Eu represento as políticas de vida”. Foi desta forma, numa entrevista à Reuters em Abril, que o candidato à presidência colombiana Gustavo Francisco Petro Urrego resumiu o seu programa eleitoral e tem sido com frases inspiradoras como esta que tem criado impacto junto das falanges mais jovens e mais desfavorecidas da nação colombiana.

Formado em Economia numa universidade local e ávido leitor dos escritos de Karl Marx e Friedrich Engels, Gustavo Petro assume-se como o representante colombiano do socialismo revolucionário latino-americano, promotor de justiça social e favorável ao combate às elites. A corrupção, a desigualdade, a educação, a pobreza e a distribuição da riqueza são temas que tem debatido ferozmente nas últimas décadas e que tomam agora a atenção de uma fatia importante do eleitorado.

Aos 58 anos, o antigo combatente da guerrilha M-19 – desmobilizada nos anos de 1990 – tem uma carreira política de respeito. Foi congressista, senador e, entre 2012 e 2015, presidente da câmara de Bogotá – para muitos, o segundo cargo político mais importante da Colômbia, depois d presidência.

Em segundo lugar nas sondagens para as presidenciais e com fortes perspectivas de passar à segunda volta, Petro promete pôr cobro à oligarquia “feudal” do país, através da distribuição de terrenos privados pouco produtivos pelas classes mais pobres, da substituição do petróleo e do carvão por energias mais ecológicas e da criação de um sistema bancário público, que facilite o acesso ao crédito às pequenas empresas e negócios familiares.