Fernando Santos avisa que todos os resultados contam
Seleccionador nacional pretende ver resposta de Portugal num teste a pensar nos adversários marroquino e iraniano.
O seleccionador nacional, Fernando Santos, vai poder tirar já na segunda-feira as primeiras ilações sobre o momento de Portugal frente à congénere da Tunísia, a equipa mais bem posicionada no ranking entre as selecções africanas, o que permitirá também ajustar alguns aspectos tácticos antes dos confrontos com Marrocos e Irão, cujos estilos se aproximam.
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O seleccionador nacional, Fernando Santos, vai poder tirar já na segunda-feira as primeiras ilações sobre o momento de Portugal frente à congénere da Tunísia, a equipa mais bem posicionada no ranking entre as selecções africanas, o que permitirá também ajustar alguns aspectos tácticos antes dos confrontos com Marrocos e Irão, cujos estilos se aproximam.
“Espero ver. Estes jogos servem essencialmente para ver… como estão os jogadores depois da paragem dos campeonatos e desta semana de treinos. Estes dois jogos serão para ver a evolução da equipa em todas as componentes, para podermos ir afinando para a Rússia”, avançou Fernando Santos, interessado em “analisar” o comportamento dos jogadores para poder ajustar a “orientação dos treinos”, quer sob o ponto de vista físico quer no plano táctico.
Fernando Santos reagiu com firmeza a qualquer relativização dos resultados nesta fase, passando uma mensagem inequívoca. “Os resultados interessam sempre. Estamos a representar a selecção nacional e os resultados contam. Não há jogos em que não contam. Sejam amigáveis, menos amigáveis, antes do campeonato do mundo, antes do campeonato da europa ou em competições oficiais”, respondeu, assertivo. E para obter o melhor resultado, o seleccionador propõe a melhor equipa nas actuais circunstâncias.
“Vamos apresentar a equipa que entendemos adequada neste momento, depois de uma época desgastante”, retorquiu, sem denotar qualquer tipo de preocupação específica relativamente a um ou outro elemento.
Fernando Santos passou então para o campo da motivação, não admitindo menos do que o máximo. Os problemas do Sporting e o impacto nos jogadores recrutados em Alvalade é um “assunto encerrado a nível da selecção”, disse, esperando “o mesmo compromisso de sempre”.
Na inversa, a injecção de confiança que a selecção receberá com a chegada iminente do penta campeão da Liga milionária é sempre bem-vinda. “Acompanhei com muita atenção a final, a torcer pela vitória do Real Madrid, mais em função da presença do Cristiano Ronaldo. Já o felicitei pessoalmente, mas aproveito para voltar a dar-lhe os parabéns. De resto, todos estarão altamente focados e tenho a certeza absoluta do que vai acontecer”, acrescentou, feliz por poder contar com Ronaldo.
“É sempre importante para a selecção e para qualquer equipa do mundo ter o Cristiano”. Em matéria de estatuto, Fernando Santos deixou ao critério de cada um a análise relativamente aos benefícios ou imprecações da condição de Campeão da Europa de Portugal.
“Motivação sinto desde que cheguei em 2014. Foi o que nos levou à conquista do Europeu. Ser campeão é importante, mas uns entendem que aumenta a pressão, outros que dá maior conforto…”.
Antes de encerrar a conferência de imprensa, Fernando Santos referiu-se ao primeiro dos três adversários de Portugal antes da estreia na fase final do Mundial da Rússia.
“A Tunísia possui uma selecção organizada e de qualidade, que estará presente na fase final. Há algumas semelhanças na organização e na forma de pensar o jogo que nos interesssa testar, pois não estamos tão habituados a defrontar selecções africanas”, explicou, referindo-se às exigências que Marrocos colocará.
“O próprio Irão apresenta um futebol mais próximo destas equipas”, concluiu, inserindo a equipa de Carlos Queiroz nesta categoria”.