Fragmentos do cérebro de Albert Einstein vão ser expostos na Alemanha
Os exemplares do cérebro do aclamado cientista não deveriam sequer existir: a vontade do alemão era que o seu corpo fosse totalmente cremado. Os fragmentos só foram expostos nos EUA há menos de dez anos e alguns deles serão agora emprestados a um museu alemão, numa exposição que tem início a 29 de Junho.
Quando o cientista alemão Albert Einstein morreu, em Abril de 1955, a sua vontade era ser cremado. “Quero ser cremado para que as pessoas não venham venerar os meus ossos”, contava o físico ao seu biógrafo Abraham Pais. O seu corpo viria a ser incinerado menos de 24 horas depois da sua morte, sim, mas sem o seu cérebro – o prodigioso órgão tinha sido retirado pelo patologista Thomas Harvey, que estava de serviço no hospital norte-americano de Princeton, na Nova Jérsia, a cidade onde Einstein morreu aos 76 anos e onde foi feita a autópsia.
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Quando o cientista alemão Albert Einstein morreu, em Abril de 1955, a sua vontade era ser cremado. “Quero ser cremado para que as pessoas não venham venerar os meus ossos”, contava o físico ao seu biógrafo Abraham Pais. O seu corpo viria a ser incinerado menos de 24 horas depois da sua morte, sim, mas sem o seu cérebro – o prodigioso órgão tinha sido retirado pelo patologista Thomas Harvey, que estava de serviço no hospital norte-americano de Princeton, na Nova Jérsia, a cidade onde Einstein morreu aos 76 anos e onde foi feita a autópsia.
O consentimento da família para estudar o cérebro do cientista só chegaria dias depois da autópsia, na voz do filho mais velho de Einstein, Hans Albert. Com uma condição: deveria ser utilizado unicamente para investigação científica. Harvey dissecou então o cérebro em 240 partes e distribuiu mais de mil fragmentos em lamelas, para que pudessem ser estudados ao microscópio, numa tentativa de dar resposta à genialidade de Einstein – e enviou exemplares para cientistas de todo o mundo.
Segundo a informação disponível no site do Museu Mutter, o cérebro do autor da famosa teoria da relatividade geral não era normal: pesava menos do que o habitual em cérebros masculinos e os seus lobos parietais eram 15% maiores em relação à média, mas a origem do seu intelecto extraordinário continua um mistério.
Passados 60 anos da polémica aventura de Thomas Harvey, dezenas de fragmentos dissecados do cérebro do cientista alemão nascido em 1879 foram expostas permanentemente no Museu Mutter, no estado norte-americano de Filadélfia, depois de décadas esquecidos na casa do patologista (alguns foram também doados ao Museu Nacional de Saúde e Medicina norte-americano, no estado de Maryland).
E, agora, dois desses fragmentos serão exibidos no Museu de História Natural de Munster, no Oeste da Alemanha, numa exposição dedicada ao cérebro que abre portas a 29 de Junho. Ao todo, estarão expostos 80 cérebros, pormenoriza a Deutsche Welle. A exposição intitulada O Cérebro: inteligência, consciência, sentimento – que terá também uma parte dedicada à inteligência artificial – deverá permanecer aberta até ao último trimestre de 2019.