Transição do poder no MPLA marcada para 7 de Setembro
João Lourenço vai ficar com a chefia do Estado e do partido.
O Comité Central do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) aprovou a data de 7 de Setembro para a realização do VI Congresso Extraordinário e a votação da candidatura de João Lourenço, atual vice-presidente do partido, a líder do movimento, substituindo José Eduardo dos Santos.
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O Comité Central do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) aprovou a data de 7 de Setembro para a realização do VI Congresso Extraordinário e a votação da candidatura de João Lourenço, atual vice-presidente do partido, a líder do movimento, substituindo José Eduardo dos Santos.
A informação consta do comunicado da segunda sessão extraordinária do Comité Centra, na qual o presidente do partido, José Eduardo dos Santos, confirmou que deixa este ano a vida política por vontade própria, argumentando que "tudo o que tem um começo tem um fim".
O secretário para a Informação do partido, Norberto Garcia, disse que o Comité Central apreciou a informação do Bureau Político, tendo aprovado "na plenitude" os resultados da terceira sessão ordinária daquele organismo de direção, realizada a 27 de abril passado.
Segundo Norberto Garcia, a proposta apontava para a realização do congresso na primeira quinzena do mês de Setembro, tendo como data prevista o dia 7. Acrescentou que foi igualmente aprovada a proposta de candidatura de João Lourenço, que é o chefe de Estado angolano, ao cargo de presidente do partido, que é liderado desde 1979 por Eduardo dos Santos. Lourenço vai, portanto, concentrar os poderes.
Nos últimos tempos têm crescido os comentários na sociedade angolana sobre a existência de uma bicefalia entre o chefe de Estado angolano e o líder do partido, em que se incluem críticas internas sobre a situação.
José Eduardo dos Santos, de 75 anos, anunciou em 2016 que este ano deveria deixar a vida política activa.