Centenas de técnicos de diagnóstico em marcha para o Parlamento
A greve é convocada pelas quatro estruturas sindicais que representam os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica.
Várias centenas de técnicos de diagnóstico e terapêutica concentraram-se nesta quinta-feira no Marquês de Pombal, em Lisboa, para exigir que o Governo reabra as negociações com os sindicatos. Seguem para o Parlamento.
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Várias centenas de técnicos de diagnóstico e terapêutica concentraram-se nesta quinta-feira no Marquês de Pombal, em Lisboa, para exigir que o Governo reabra as negociações com os sindicatos. Seguem para o Parlamento.
Vestidos de negro, com batas brancas e segurando balões pretos, os técnicos exibem vários cartazes nos quais se pode ler, por exemplo, "nem menos nem mais, direitos iguais" ou "exigimos justiça e equidade", frase também gritada pelos manifestantes.
No meio da concentração, sobressai uma cruz preta em que se pode ler "SNS Luto", enquanto um manifestante segura um boneco com a caricatura de Mário Centeno, o ministro das Finanças, e com a inscrição "Sem'tino, para os TSDT nada, mas à farta para a banca".
Na praça Marquês de Pombal, ouvem-se músicas como "o que faz falta é alegrar a malta" e "Grândola, Vila Morena", associadas à revolução de 25 de Abril e à luta pela liberdade.
Os técnicos também entoam a música italiana "Bella Ciao", uma canção popular relacionada com a luta antifascista, em Itália, já ouvida numa anterior manifestação de médicos.
Cerca das 15h, os profissionais de saúde iniciaram uma marcha em direcção à Assembleia da República, onde irão expor as suas reivindicações.
Os técnicos de diagnóstico e terapêutica iniciaram hoje às 00h dois dias de greve nacional por falta de acordo com o Governo sobre matérias relativas às tabelas salariais, transições para nova carreira e sistema de avaliação.
A greve é convocada pelas quatro estruturas sindicais que representam os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, sendo que a paralisação está a afectar análises clínicas, meios complementares de diagnóstico e alguns tratamentos.
Os sindicatos alegam que a tabela salarial imposta pelo Governo faz com que cerca de 90% dos técnicos permaneçam na base da carreira toda a sua vida profissional. Além disso, dizem que o sistema de avaliação imposto prolonga a estagnação salarial por mais 10 anos.
Argumentam ainda que o Governo violou o acordo firmado com os sindicatos, reduzindo a quota dos que atingem o topo da carreira em 50%.
A greve, que se prolonga até às 24h de sexta-feira, prevê o cumprimento de serviços mínimos, abrangendo tratamentos de quimioterapia e radioterapia ou os serviços de urgência.
A polícia está a acompanhar o desfile e vai cortado o trânsito à passagem dos manifestantes.