Adesão à greve dos técnicos de diagnóstico e terapêutica entre 80% e 90%
As principais reivindicações são relativas às tabelas salariais, transições para nova carreira e o sistema de avaliação. A greve durará dois dias.
A adesão à greve dos técnicos de diagnóstico e terapêutica nos hospitais de Norte a Sul do país estava às 9h30 entre os 80 e os 90%, segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (SINTAP). Os técnicos de diagnóstico e terapêutica iniciaram esta quinta-feira às 0h dois dias de greve nacional por falta de acordo com o Governo sobre matérias relativas às tabelas salariais, transições para nova carreira e sistema de avaliação.
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A adesão à greve dos técnicos de diagnóstico e terapêutica nos hospitais de Norte a Sul do país estava às 9h30 entre os 80 e os 90%, segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (SINTAP). Os técnicos de diagnóstico e terapêutica iniciaram esta quinta-feira às 0h dois dias de greve nacional por falta de acordo com o Governo sobre matérias relativas às tabelas salariais, transições para nova carreira e sistema de avaliação.
Segundo o secretário-geral do SINTAP, José Abraão, a adesão à greve está entre os 80 e os 90%, esperando-se uma grande participação na manifestação desta quinta-feira à tarde por causa do descontentamento destes profissionais. Reconhecendo que as consequências desta greve começarão a fazer-se sentir durante a manhã, quando começam a ser realizados os exames de diagnóstico que estavam marcados, José Abraão disse que esta greve servirá para que o governo e os sindicatos possam aproximar posições sobretudo em matérias de abertura de concursos e progressão de carreiras. A greve foi convocada pelas quatro estruturas sindicais que representam os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, sendo que a paralisação deve afectar análises clínicas, meios complementares de diagnóstico e alguns tratamentos.
O presidente do Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica, Luís Dupont, disse à agência Lusa que o acordo assinado com o Ministério da Saúde esta semana diz respeito a matérias já acordadas em Março e que não contempla as reivindicações que levaram a esta paralisação nacional de dois dias.
Os sindicatos alegam que a tabela salarial imposta pelo Governo faz com que cerca de 90% dos técnicos permaneçam na base da carreira toda a sua vida profissional. Além disso, dizem que o sistema de avaliação imposto prolonga a estagnação salarial por mais 10 anos. Argumentam ainda que o Governo violou o acordo firmado com os sindicatos, reduzindo a quota dos que atingem o topo da carreira em 50%.
A greve, que se prolonga até às 0h de sexta-feira, prevê o cumprimento de serviços mínimos, abrangendo tratamentos de quimioterapia e radioterapia ou os serviços de urgência. A concentração está prevista para as 14h30 no Marquês de Pombal, em Lisboa, estando programado um desfile até à Assembleia da República.