Câmara disponível para apoiar TEP e Festival de Marionetas
As duas estruturas não tiveram direito a receber apoio da Direcção-Geral das Artes.
O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, anunciou, esta quinta-feira, que a autarquia está pronta para apoiar o Teatro Experimental do Porto (TEP) e o Festival Internacional de Marionetas do Porto (FIMP), que foram excluídos do concurso lançado pela Direcção-Geral das Artes (DGArtes). As duas estruturas apresentaram recurso hierárquico, mas Moreira garantiu que se este não tiver provimento, “já há acordo” entre as forças partidárias representadas no executivo para que seja a autarquia a substituir-se ao apoio estatal.<_o3a_p>
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O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, anunciou, esta quinta-feira, que a autarquia está pronta para apoiar o Teatro Experimental do Porto (TEP) e o Festival Internacional de Marionetas do Porto (FIMP), que foram excluídos do concurso lançado pela Direcção-Geral das Artes (DGArtes). As duas estruturas apresentaram recurso hierárquico, mas Moreira garantiu que se este não tiver provimento, “já há acordo” entre as forças partidárias representadas no executivo para que seja a autarquia a substituir-se ao apoio estatal.<_o3a_p>
Em causa estão 280 mil euros – 70 mil euros para cada uma das entidades, durante dois anos. “Vamos apoiar o TEP e o FIMP enquanto decorrem os recursos hierárquicos que foram feitos”, garantiu o autarca à margem da apresentação da programação deste ano do FITEI – Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica. “Vamos avançar com o apoio que a DGArtes anteriormente tinha dado às duas estruturas”, acrescentou Moreira, justificando esta decisão com o facto de ambas já trabalharem “normalmente em co-produção com o Teatro Municipal do Porto”.<_o3a_p>
Rui Moreira aproveitou a ocasião para, de novo, salientar a importância da criação de uma empresa municipal de cultura – uma intenção da câmara que foi travada pela recusa do Tribunal de Contas em visar a criação da estrutura, estando, neste momento, em análise um recurso da autarquia. “Teria sido tudo mais simples se já tivéssemos a empresa municipal de cultura, como a EGEAC em Lisboa”, disse o presidente da câmara.
No contexto actual, os apoios serão formalizados através de uma proposta apresentada ao executivo, que deverá ir à próxima reunião de câmara, a 5 de Junho. A verba não será utilizada se, entretanto, a DGArtes alterar a sua decisão inicial de não apoiar estas estruturas.<_o3a_p>
Ainda a propósito dos apoios da DGArtes, Rui Moreira garantiu que a companhia teatral Seiva Trupe – que esta semana anunciou o cancelamento da encenação de O Crime da Aldeia Velha, de Bernardo Santareno, previsto estrear em Matosinhos, por falta de meios financeiros, decorrentes do fim do apoio daquela estrutura – “não solicitou o apoio da câmara”. O autarca lembrou, contudo, que, ao contrário do TEP e do FIMP, a Seiva Trupe não tem trabalhado com as estruturas culturais da câmara. No caso do Ensemble, também excluído dos apoios da DGArtes, Moreira referiu que a companhia trabalha “em co-produção” com o Teatro Nacional São João, manifestando “a expectativa que consigam resolver a sua situação por esse lado”. <_o3a_p>
Gonçalo Amorim, director artístico do TEP e também director do FITEI considerou “inaceitável e injusta” a exclusão da companhia com 65 anos dos apoios da DGArtes, lembrando que a candidatura foi considerada inelegível. A história do TEP, que nasceu a 18 de Junho de 1953, vai ser assinalada na programação do FITEI deste ano em três momentos distintos. Na exposição O arquivo do TEP. Poética e Política, que é inaugurada na Galeria da ESAP a 18 de Junho; com a exibição do filme Caos Danado, de Eduardo Breda (no pequeno auditório do Rivoli, às 19h do dia 18 de Junho) e com a estreia da peça Teoria das Três Idades, de Sara Barros Leitão, a partir do arquivo do TEP. A peça terá duas sessões no subpalco do Rivoli, no dia 18 (21h30) e 19 (19h) de Junho.<_o3a_p>