Estudantes criam patês de feijão, ervilha e tremoço para promover consumo de leguminosas

Ao verem que a oferta de proteína não animal no mercado é "deficitária", quatro estudantes da U. Coimbra criaram um paté de feijão, ervilha e tremoço chamado Legutê

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Quatro estudantes de mestrado na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (UC) desenvolveram um paté de feijão, ervilha e tremoço para aumentar o leque de alternativas ao consumo de proteína animal no mercado.  

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Quatro estudantes de mestrado na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (UC) desenvolveram um paté de feijão, ervilha e tremoço para aumentar o leque de alternativas ao consumo de proteína animal no mercado.  

"A gama Legutê é composta por três variedades de patês — feijão, ervilha e tremoço — 100% naturais, ricos em proteína, fibra, vitaminas e antioxidantes e com baixo teor de gordura e zero colesterol", explicita a UC, numa nota enviada à agência Lusa.

A ideia para o Legutê/leguminosas em patê surgiu na unidade curricular Empreendedorismo: da ideia ao negócio do mestrado em biodiversidade e biotecnologia vegetal do Departamento de Ciências da Vida da FCTUC. Os estudantes Bruno Simões, Jéssica Tavares, Mariana Correia e Tércia Lopes investigaram e, ao verificarem que "a oferta de proteína não animal no mercado é deficitária", avançaram para "o desenvolvimento de um produto inovador que tivesse por base as leguminosas familiares da dieta tradicional mediterrânica", refere a UC.

Após a realização de várias experiências, as leguminosas eleitas foram o feijão, a ervilha e o tremoço. É uma forma de "reinventar o consumo de leguminosas", dizem os estudantes. "O Legutê é um produto prático e ideal para qualquer ocasião, distingue-se pela resposta a uma oferta escassa de proteína não animal, sendo indicado para vegetarianos. Para além disto, é rico em fibras, vitaminas e sais minerais."

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Projecto foi escolhido para participar no concurso internacional Ecotrophelia DR

Com a produção desta nova gama de patês de leguminosas, os seus inventores pretendem ainda contribuir para a "diminuição de desperdícios alimentares", transformando "os excedentes da indústria alimentar destas leguminosas em matéria-prima", sublinham. A próxima fase passa por "alargar o conceito a outras leguminosas e, também, pela procura de investidores junto da indústria alimentar ou, quem sabe, criar uma start-up, tendo em vista a comercialização dos novos patês de grande valor nutritivo".

O projecto foi escolhido para disputar a final da fase nacional do concurso internacional Ecotrophelia, promovido pela PortugalFoods, que decorre na sexta-feira. O Prémio Ecotrophelia Portugal visa, de acordo com a sua página na Internet, "o desenvolvimento de um produto alimentar eco-inovador, desenvolvido por talentosos estudantes do ensino superior, estimulando a inovação e empreendedorismo no sector agroalimentar".