Polémica da vivenda: Iglesias pede a militantes do Podemos que decidam se o querem como líder

A compra de uma vivenda de 600 mil euros gerou polémica. A votação decorre terça-feira e domingo.

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LUSA/BALLESTEROS

Terça-feira e domingo as bases do Podemos vão decidir se querem Pablo Iglesias como líder do partido e Irene Montoro como porta-voz no Congresso espanhol. Os resultados vão ser conhecidos na segunda-feira, dia 28 de Maio. Iglesias pôs o seu futuro nas mãos dos militantes depois devido à polémica compra de uma vivenda de 600 mil euros.

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Terça-feira e domingo as bases do Podemos vão decidir se querem Pablo Iglesias como líder do partido e Irene Montoro como porta-voz no Congresso espanhol. Os resultados vão ser conhecidos na segunda-feira, dia 28 de Maio. Iglesias pôs o seu futuro nas mãos dos militantes depois devido à polémica compra de uma vivenda de 600 mil euros.

Quase 448 mil inscritos no Podemos vão votar se Iglesias continua na liderança ou se cai. Na base desta decisão está a compra de uma vivenda no valor de 600 mil euros em Galapagar, a norte de Madrid. A aquisição foi feita por Iglesias e Montoro, que esperam um filho.

A polémica prende-se com uma questão ética e com declarações feitas por  Iglesias em 2012. “Entregarias a política económica de um país a alguém que gasta 600 mil euros num apartamento de luxo’”, escreveu na altura no Twitter, referindo-se ao então ministro da Economia espanhol Luis de Guindos.

Perante a pressão, o líder do Podemos decidiu anunciar uma espécie de referendo para decidir o seu futuro no partido. Afirmando que nunca se irá esconder, Iglesias anunciou que “cabe aos militantes do Podemos decidir” se ambos os dirigentes continuam a “ser dignos de manter as responsabilidades”.

“Sou sincero, não imaginava que isto ia gerar debate, muito menos desta dimensão”, afirmou.

No ano passado, Iglesias foi reconduzido na liderança do partido com 89% dos votos.

Já nesta segunda-feira a direcção do Podemos afirmou que todo o caso não passa de uma campanha de “perseguição” contra Iglesias e Montoro.