Patês de feijão, ervilha e tremoço para promover consumo de leguminosas

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evr Enric Vives-Rubio

O aumento do leque de alternativas ao consumo de proteína animal no mercado é o objectivo do Legutê/leguminosas em patê de feijão, ervilha e tremoço, desenvolvido por quatro estudantes da Universidade de Coimbra (UC).

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O aumento do leque de alternativas ao consumo de proteína animal no mercado é o objectivo do Legutê/leguminosas em patê de feijão, ervilha e tremoço, desenvolvido por quatro estudantes da Universidade de Coimbra (UC).

Quatro mestrandos da Faculdade de Ciências e Tecnologia desenvolveram “o inovador Legutê/leguminosas em patê” para “aumentar o leque de alternativas ao consumo de proteína animal no mercado”, anunciou a UC nesta segunda-feira.

“A gama Legutê é composta por três variedades de patês – feijão, ervilha e tremoço – 100% naturais, ricos em proteína, fibra, vitaminas e antioxidantes e com baixo teor de gordura e zero colesterol”, explica a universidade em comunicado.

A ideia surgiu na unidade curricular 'Empreendedorismo: da ideia ao negócio' do mestrado em biodiversidade e biotecnologia vegetal do Departamento de Ciências da Vida da faculdade.

Os estudantes Bruno Simões, Jéssica Tavares, Mariana Correia e Tércia Lopes investigaram e, ao verificarem que “a oferta de proteína não animal no mercado é deficitária”, avançaram para “o desenvolvimento de um produto inovador que tivesse por base as leguminosas familiares da dieta tradicional mediterrânica”, refere a UC. Após a realização de várias experiências, as leguminosas eleitas foram o feijão, a ervilha e o tremoço.

Esta é uma forma de “reinventar o consumo de leguminosas. O Legutê é um produto prático e ideal para qualquer ocasião, distingue-se pela resposta a uma oferta escassa de proteína não animal, sendo indicado para vegetarianos. Para além disto, é rico em fibras, vitaminas e sais minerais”, salientam os estudantes, citados pela UC.

Com a produção desta nova gama de patês de leguminosas, os seus inventores pretendem ainda contribuir para a “diminuição de desperdícios alimentares”, transformando “os excedentes da indústria alimentar destas leguminosas em matéria-prima”, sublinham.

A próxima fase passa por “alargar o conceito a outras leguminosas e, também, pela procura de investidores junto da indústria alimentar ou, quem sabe, criar uma start-up, tendo em vista a comercialização dos novos patês de grande valor nutritivo”, admitem.

O projecto foi escolhido para disputar a final da fase nacional do concurso internacional Ecotrophelia, promovido pela PortugalFoods, que decorre na sexta-feira. O Prémio Ecotrophelia Portugal visa, de acordo com a sua página na Internet, “o desenvolvimento de um produto alimentar eco-inovador, desenvolvido por talentosos estudantes do ensino superior, estimulando a inovação e empreendedorismo no sector agroalimentar”.