António Tavares está em reflexão sobre candidatura
Provedor da Santa Casa da Misericórdia reuniu-se com apoiantes para decidir se tem condições para avançar para a distrital do PSD-Porto.
António Tavares reuniu-se nesta sexta-feira com um grupo de apoiantes para saber se tinha condições políticas para avançar com uma candidatura à liderança da distrital do PSD-Porto, mas o encontro foi inconclusivo e o provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto (SCMP) está ainda em reflexão.
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António Tavares reuniu-se nesta sexta-feira com um grupo de apoiantes para saber se tinha condições políticas para avançar com uma candidatura à liderança da distrital do PSD-Porto, mas o encontro foi inconclusivo e o provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto (SCMP) está ainda em reflexão.
Do grupo faziam parte pessoas próximas de Rui Rio e que não se revêm em nenhuma das outras (três) candidaturas e que foram já anunciadas. Alberto Santos, Miguel Santos e Rui Nunes.
Antes da reunião, António Tavares reuniu-se com uma delegação de militantes de Gondomar que o desafiaram a avançar, assegurando-lhe que o apoiariam na corrida.
O provedor da SCMP, que abandonou a reunião devido a compromissos pessoais, disse ao PÚBLICO que sentiu apoio das pessoas com quem esteve reunido e que não fecha a porta a uma candidatura. “Sou muito sensível ao apoio das pessoas que não se revêm nas soluções que estão em cima da mesa. Estou em reflexão”, afirmou, observando que o próximo líder da distrital vai ter “uma tarefa muito difícil, tendo em conta os desafios eleitorais marcados para o próximo ano.
Se António Tavares decidir ficar fora da corrida, isso não significa que as pessoas próximas de Rio desistam de procurar uma alternativa aos três nomes já conhecidos.
A ala riista até estaria disponível para conversar com Alberto Santos, que lidera uma das candidaturas à distrital, mas a sua insistência em manter os deputados Simão Ribeiro e Luís Vales em lugares de destaque na lista torna difícil um entendimento com o candidato. Ao que o PÚBLICO apurou, Alberto Santos, que liderou a Câmara de Penafiel durante vários mandatos, terá convidado o líder da concelhia social-democrata de Lousada (que vale muitos votos), Simão Ribeiro, para primeiro vice-presidente da lista e Luís Vales, que preside à concelhia do Marco de Canaveses, para secretário-geral.
Os três principais lugares da candidatura são ocupados por figuras do interior do distrito. A ala afecta a Rio considera “excessiva” a representatividade que o interior assume na lista e diz que não pode aceitar que o Porto fique relegado para lugares com menor destaque, quando se trata da distrital portuense. Acresce que tanto Simão Ribeiro como Luís Vales foram apoiantes de Pedro Santana Lopes nas eleições directas para a presidência do PSD, que Rio venceu.
Se Alberto Santos não ceder, ganha cada vez mais consistência o aparecimento de um quarto candidato das fileiras de apoiantes do líder do partido. Essa lista dará grande representatividade ao litoral do distrito. O nome que os militantes gostariam de ver a candidatar-se à distrital é do de Alberto Machado, mas o presidente da concelhia do Porto não pretenderá avançar, dado os compromissos que tem na concelhia e também na Junta de Freguesia de Paranhos, à qual preside.