Excesso de peso e obesidade infantil diminuíram entre 2008 e 2016

O estudo, que envolveu 6745 crianças portuguesas do 1.º ciclo, revelou que a obesidade infantil afectou mais as crianças com oito anos (13,9%) e as da região Norte do país (33,9%). A obesidade atinge mais os meninos, enquanto as raparigas têm mais tendência para o excesso de peso.

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Entre 2008 e 2016, a obesidade infantil diminuiu 3,6% em Portugal Nelson Garrido/arquivo

As prevalências de excesso de peso e obesidade infantil diminuíram entre 2008 e 2016, ano em que 11,7% das crianças eram obesas e 30,7% tinham peso a mais, segundo dados do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA).

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As prevalências de excesso de peso e obesidade infantil diminuíram entre 2008 e 2016, ano em que 11,7% das crianças eram obesas e 30,7% tinham peso a mais, segundo dados do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA).

Neste período, registou-se uma redução de 3,6% de obesidade (15,3% para 11,7%) e de 7,2% do excesso de peso (37,9% para 30,7%) nas crianças entre os seis e os oito anos, adiantam os dados do sistema de vigilância que analisa o estado nutricional infantil (COSI Portugal), divulgados nesta sexta-feira a propósito do Dia Nacional e Europeu da Obesidade, que se assinala no sábado.

De acordo com o estudo, que envolveu 6745 crianças de 230 escolas do 1.º ciclo de todo o país, a obesidade infantil foi mais prevalente nas crianças com oito anos (13,9%) e na região Norte do país (33,9%), na Madeira (31,6%) e nos Açores (31%). O Algarve foi a região com menor prevalência de obesidade infantil (21,1%). A prevalência da obesidade nas crianças com sete anos situava-se nos 11,4% e nas de seis anos nos 10,4%, refere o COSI, que produz dados comparáveis entre países da Europa e permite a monitorização da obesidade infantil a cada três anos.

O estudo indica que os meninos tinham uma maior prevalência de obesidade (12,6%) do que as meninas (10,9%), enquanto as raparigas tinham uma maior prevalência de excesso de peso (31,6%), contra 29,8% dos rapazes. Relativamente ao baixo peso, a percentagem é igual nas meninas e nos meninos: 0,9%.

Analisando os hábitos alimentares, o estudo verificou que as crianças consomem diariamente fruta (63,3%), sopa (56,6%), legumes (37,7%), carne (17,3%) e peixe (9,8%). A maioria (88,7%) das crianças consome até três vezes por semana pizzas, batatas fritas, hambúrgueres, enchidos, 86,8% comem rebuçados, gomas ou chocolate, 83,3% batatas fritas de pacote, folhados e pipocas, 75,1% biscoitos, bolachas doces, bolos e donuts e 65,3% refrigerantes açucarados.

Dois terços das crianças praticavam actividade física três ou mais horas por dia durante o fim-de-semana e 76,6% eram transportados de automóvel para a escola. Analisando os comportamentos sedentários, o estudo revelou que 54% jogavam jogos electrónicos uma a duas horas por dia durante o fim-de-semana e 75,5% uma a duas horas por dia durante a semana.

O COSI Portugal está integrado no sistema europeu de vigilância nutricional infantil, no qual participam 40 países da Região Europeia da Organização Mundial da Saúde (OMS).